Com zagueiro improvisado no ataque, o Atlético apenas empatou por 1 x 1 contra o Corinthians Paranaense, ontem à tarde, e desperdiçou a chance de passar o Londrina na classificação do Campeonato Paranaense e tentar encostar no Coritiba. O empate, combinado com a vitória do Coxa, permitiu que o rival abrisse quatro pontos de vantagem no returno. Como faltam apenas três rodadas para o final desta fase, o Rubro-Negro já não depende de seus esforços para ser campeão estadual de forma direta – para isso, teria de ganhar o segundo turno também.
O gol atleticano foi marcado aos 43 do primeiro tempo, em jogada de Paulo Baier para Edigar Junio, que depois de muitas tentativas conseguiu marcar. O empate do Corinthians foi aos 16 do segundo tempo. Aproveitando falha de marcação, e com velocidade, Marcelo Tamandaré recebeu de Bruno Batata, sem chances para Vinícius. O goleiro Colombo foi um dos personagens da partida, com belas defesas, impedido o Furacão de sair com os três pontos.
Mas a grande marca da partida foi a presença de Manoel no ataque do Rubro-Negro. O então camisa 3 entrou no intervalo para atuar de centroavante. Teve apenas uma chance real de gol, num cabeceio, aos 24 minutos. Sem qualquer intimidade com o posicionamento, Manoel encontrou dificuldades, mas não reclamou da missão recebida. A escalação como atacante não foi surpresa, pois o zagueiro havia sido avisado antes por Juan Ramon Carrasco. “Foi opção do professor. Ele falou comigo antes e perguntou se tinha problema. Eu disse que não, para ajudar meus companheiros. Ele me pediu para procurar fazer o pivô e a bola aérea, mas infelizmente não deu, não teve muita posse de bola ali para poder trabalhar”, falou Manoel.
Carrasco tentou justificar sua estraté gia pela ausência de atacantes altos. A ideia era aproveitar o 1,81 metro de Manoel para dar força ao ataque nas bolas aéreas. “Não temos um centroavante alto. Buscamos o cabeceio ofensivo e defensivo, porque ele tem bom jogo aéreo. Lembro que se a partida tivesse terminado 4 x 1 ou 5 x 1 ninguém teria estranhado. Ficamos tranquilos porque a equipe jogou bem”, tentou justificar Carrasco.
O treinador não gostou de ser questionado sobre a opção de usar um defensor como centroavante. “São críticas, e eu não tenho que aceitar. É um ponto de vista e temos outro”, finalizou.