A Câmara Municipal de Curitiba adiou, por dez sessões, a votação do projeto de lei que proíbe a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, valendo não apenas para a Copa do Mundo de 2014, mas para qualquer jogo realizado na cidade. O adiamento foi confirmado mesmo com o projeto tendo sido mandado à votação com regime de urgência.
Até que volte ao plenário, o vereador Tico Kuzma (PSB), autor do projeto, vai aproveitar para tentar convencer os colegas a votarem a seu favor. Mas ontem, a discussão foi acalorada, com parlamentares se mostrando favoráveis e contrários. O vereador Juliano Borghetti (PP), por exemplo, apresentou uma proposta a favor das bebidas nos estádios.
Tico Kusma, porém, insiste em manter a proibição total. Sua justificativa se baseia no Estatuto do Torcedor, que já veta as bebidas, além de o próprio Ministério Público do Paraná ter se posicionado contrário à liberação também.
“Compete ao município cuidar da saúde das pessoas e são os vereadores que de fato representam os curitibanos. Esse é um direito conquistado pelo Estatuto do Torcedor e essa liberação poderá, inclusive, ser prejudicial para a segurança pública”, disse.
Para Denilson Pires (DEM), um dos vereadores que é favorável à liberação, a bebida não é o grande mal para violência nos estádios, mas a falta de punição. “Contratos assinados não se rasgam e jogam fora. Assumimos um compromisso e devemos respeitá-lo. O que falta é punição aos infratores, pois a impunidade gera violência”, argumentou.