Valquir Aureliano |
Cristian começou no futsal da AABB de Belo Horizonte. Antes de chegar ao Atlético, passou pelo Paulista, de Jundiaí. |
Cristian não é um daqueles jogadores de empolgar a torcida. Pelo contrário, muitos contestam sua presença no time titular do Furacão. Porém, a versatilidade do volante conquistou o técnico Vadão, que não tem abrido mão de sua presença na equipe.
Jogando como uma espécie de terceiro volante, Cristian tem papel fundamental no esquema tático do treinador atleticano. Além de ajudar o sistema defensivo, ele tem a tarefa de ajudar na criação de jogadas.
Seu desempenho tem sido decisivo para o rendimento do time. Nas partidas contra Santa Cruz e Goiás, Cristian teve atuações apagadas e o rubro-negro sofreu até o último minuto para conseguir somar pontos. Já no último sábado, o camisa 8 foi um dos melhores em campo, o time voltou a jogar bem e conquistou uma importante vitória por 3 a 1. Cristian deu o passe para o primeiro gol, marcado pelo meia Ferreira.
Em entrevista à Tribuna, Cristian conta como foi sua carreira até chegar ao Furacão, fala do apoio que recebe da família e revela o que pretende fazer para realizar o sonho de jogar pela seleção brasileira.
Início
?Eu comecei a jogar futsal na AABB de Belo Horizonte. Depois, fui para Bauru (SP), onde joguei na escolinha do meu sogro, que é o Baroninho. Ele me ajudou bastante. Tudo que tenho hoje, agradeço bastante a ele. Ele me deu muita força e até hoje me ajuda bastante.?
No Atlético
?Como o Baroninho já foi jogador, foi campeão do mundo pelo Flamengo, tem bastante conhecimento. Ele me levou para a escolinha dele e depois para o Paulista. O Biazotto, que agora é o coordenador de base do Atlético, era o treinador. Ele me aprovou e fiquei lá até 2005, quando vim para o Atlético.?
Maior conquista
?No Brasileiro da Série B (2004), eu vinha jogando bem. Tive uma seqüência no Campeonato Paulista e depois fomos campeões da Copa do Brasil (2005), com o time todo jogando bem. Foi aí que eu me destaquei realmente, junto com todo o grupo. Não havia nenhum destaque individual no Paulista. Todos jogaram muito bem.?
Amigos
?Aqui, todos me receberam muito bem. Eu tenho um grande amigo, que é o Danilo (zagueiro). Ele chegou bem antes que eu e assim foi bem mais fácil me adaptar em Curitiba. A gente já jogou no Paulista juntos. Depois, encontrei Jancarlos, Erandir, Marcelo Silva, Ferreira, Herrera, agora o Marcos Aurélio. Tenho grandes amigos aqui.?
Família
?Sou casado. Minha esposa é a Camila e em dezembro nasce nossa filha. Estamos há mais de dez anos juntos e estamos bem felizes. Ela é uma vencedora. É complicado ser mulher de jogador. Você está sempre concentrado, viajando e às vezes fica bem longe da família. Então, nas minhas folgas, eu tento ficar o máximo de tempo com ela.?
Futuro
?Pretendo fazer meu trabalho com humildade. Quero ficar aqui no Atlético bastante tempo, ser reconhecido e depois buscar alguma coisa a mais. Todo mundo tem um sonho e eu não sou diferente. Sonho de jogar lá fora, jogar na seleção brasileira. Se eu estiver fazendo meu trabalho bem feito aqui no Atlético, um dia Deus vai olhar para mim e vai me dar essa oportunidade.?
Atlético viaja hoje e treina em Buenos Aires pra pegar o River
O Atlético-PR embarca hoje para Buenos Aires, onde, na quarta-feira, às 19h15, enfrenta o River Plate, na partida de ida da Copa Sul-Americana. O time pretende fazer três treinamentos na capital argentina, dois deles no Estádio José Amalfitani, do Vélez Sarsfield, e um, na véspera, no Monumental de Nuñez, local do jogo.
O treinador do Atlético, Oswaldo Alvarez, já recebeu uma análise prévia do auxiliar-técnico Borba Filho (foto esquerda), que permaneceu na última semana em Buenos Aires. O ?espião? do Rubro-Negro também acompanhou a partida de ontem à noite entre River Plate e Colón, pelo Campeonato Argentino (foto esquerda). A partida, no Monumental de Nuñez, terminou empatada em 1 a 1. O River, com 17 pontos, é o vice-lider do Torneio Clausura, 1.º turno do Argentino. O Colón, com apenas dois pontos, é o vice-lanterna. Na Libertadores de 2005, Borba Filho foi importante para a campanha do time que chegou ao vice-campeonato das Américas. Vadão já sabe também que além do adversário, e da torcida do River, terá outro componente para superar: o clima na capital argentina. A previsão é tempo frio, com fortes chuvas na quarta-feira em Buenos Aires.
Para o volante Cristian, apesar das dificuldades de se jogar na Argentina, o Furacão tem condições de conseguir um bom resultado. ?Qualidade nós temos. Precisamos de atenção do começo ao fim para conseguirmos um bom resultado?, declarou.
Recuperado da crise, que ameaçava deixar o Furacão na zona do rebaixamento, com a vitória (3 a 1) sobre o São Caetano, no sábado, o Atlético tira ?férias? do Brasileiro e volta seu foco para a disputa da Sul-Americana.
O motivo da importância dada à competição pela equipe atleticana é a possibilidade de fazer história. ?Tivemos uma conversa com o Vadão e podemos entrar na história da Sul-Americana como o primeiro time brasileiro a ser campeão. A partir de agora vamos pensar no River Plate. No Brasileirão demos uma boa recuperada. Conseguimos um resultado importante contra o Goiás e contra o São Caetano. Estamos contentes e vamos descansar para fazer uma viagem boa e conseguir trazer um resultado bom da Argentina?, analisou o zagueiro Danilo.