Enquanto o técnico Diego Maradona, seu auxiliar Alejandro Mancuso e até o diretor de seleções da Argentina, Carlos Bilardo, evitaram a imprensa no desembarque em Buenos Aires, nesta quinta-feira, após a derrota por 4 a 2 em amistoso contra a Catalunha, o meia Juan Sebastián Verón não fugiu de comentar a situação do time, que se classificou no sufoco para a Copa do Mundo de 2010.
Para o experiente jogador, a Argentina corre o risco de chegar intranquila à Copa. “Se isso não se solucionar, se não entrarem em acordo e seguirem com essas coisas, não é bom”, afirmou o jogador do Estudiantes à Rádio La Red. “Dentro há uma sensação de intranquilidade porque não dão tranquilidade para o grupo”, disse, citando o conflito entre Maradona e Bilardo.
E Verón não se preocupou nem em poupar o maior ídolo do futebol argentino. “É normal que haja intranquilidade porque a mensagem da cabeça do técnico, da comissão técnica, não é clara”, acusou o meia, para depois dividir a responsabilidade com o treinador. “De nossa parte também não demos uma mão ao técnico para formar um grupo estável. A verdade é que nas Eliminatórias não fomos tão bem, e isso cria dúvidas.”
Sobre o desempenho da Argentina na Copa, o jogador de 34 anos segue pessimista. “Candidatos (ao título), eu lhe digo, não somos”, cravou Verón, vice-campeão do Mundial de Clubes da Fifa pelo Estudiantes. “À medida que se encontre a equipe, à medida que o funcionamento do sistema (tático) esteja claro, pela qualidade dos jogadores que temos, podemos estar entre os melhores.”