Em Curitiba, a Copa do Mundo tem uma peculiaridade: é a única sede em que a obra do estádio adotou o modelo de autogestão para captar diretamente os recursos públicos. Por isso, tem gerado tanta confusão. Há outros dois estádios particulares também captando dinheiro governamental, mas num modelo diferente. No caso do Itaquerão, em São Paulo, a construtora Odebrecht assumiu os riscos da obra e está, ela mesmo, pleiteando empréstimo junto ao BNDES, via Banco do Brasil. O máximo que o poder público ofereceu foi isenção fiscal, através da prefeitura de São Paulo.
O modelo que está permitindo a construção do novo estádio do Corinthians é semelhante ao que embala as reformas do Beira-Rio, em Porto Alegre. Na sede gaúcha, a construtora Andrade Gutierrez assimiu o controle da obra e também oferece garantias próprias para conseguir os recursos junto ao BNDES. Após a Copa, tanto Internacional quanto Corinthians deverão compartilhar a exploração comercial dos estádios com as empreiteiras, até que as dívidas estejam quitadas.
Já no caso dos demais estádios, o investimento é totalmente público, em parceria com as construtoras. Depois da Copa do Mundo, os estádios tendem a ser repassados para a iniciativa privada ou arrendados para clubes de futebol.