Depois de empatar sem gols contra Peru e Brasil, a Venezuela desencantou na Copa América ao derrotar a Bolívia por 3 a 1, neste sábado, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Autor de dois gols, o atacante Darwin Machís foi o nome do jogo e conduziu os venezuelanos à vitória que garantiu a equipe nas quartas de final do torneio sul-americano.
A Venezuela se beneficiou da goleada da seleção brasileira em cima dos peruanos por 5 a 0, no outro jogo do Grupo A, para passar ao mata-mata na segunda posição da chave, com cinco pontos, atrás apenas da equipe do técnico Tite, que ficou com sete. Enquanto isso, a Bolívia se despediu do torneio sem vitória e com apenas dois gols marcados.
A equipe venezuelana enfrentará nas quartas de final o segundo colocado do Grupo B, que pode ser Paraguai, Catar ou Argentina. O adversário será conhecido neste domingo e o duelo das quartas de final está marcado para a próxima sexta-feira, às 16 horas, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
A partida não foi um primor técnico, mas quem foi ao Mineirão – apenas cerca de 11 mil pessoas – viu um jogo movimentado, de quatro gols, bolas na trave e com alternativas interessantes, especialmente por parte da Venezuela, que vem evoluindo nos últimos anos.
E foram os venezuelanos que abriram o placar logo no primeiro minuto. Hernández cruzou dentro da área para Machís, que antecipou Bejarano e cabeceou forte, no meio do gol, para inaugurar o marcador. A desvantagem obrigou os bolivianos se mandarem ao ataque para tentarem uma classificação, que àquela altura já era improvável.
Sem muito a perder, a equipe boliviana passou perto de empatar duas vezes no primeiro tempo. O gol não saiu por capricho nas finalizações de Arano e Raúl Castro, ambas na trave. Saviano teve a chance de ampliar para a Venezuela, mas parou no goleiro Lampe.
Na etapa final, com a necessidade de a Bolívia virar o jogo, a partida passou a ser ainda mais aberta e os ataque foram protagonistas. No segundo minuto, Arano arriscou uma pancada da intermediária, mas Fariñez defendeu bonito. A Venezuela foi letal e respondeu com Machís, o principal destaque do cortejo. O atacante do Cádiz, da Espanha, invadiu a área e acertou bonito arremate no ângulo esquerdo para balançar as redes pela segunda vez e aumentar a vantagem aos nove minutos.
Pouco depois, ele quase marcou um golaço de voleio que raspou a trave. Machís não foi o único a tentar transformar o placar em goleada. Savarino tentou, mas parou em Lampe, em arremate da entrada da área, e Chancellor mandou uma cabeçada no travessão. Depois de tanto ser pressionada, quando parecia que já estava nocauteada, a Bolívia reagiu e diminuiu o placar com Justiniano, aos 36 minutos. O volante acertou chute rasteiro no canto e deu esperanças de um resultado melhor aos torcedores.
Era só uma alarme falso, já que os venezuelanos marcaram mais um aos 41 minutos e definiram o placar. No lance, o santista Soteldo fez boa jogada individual pela esquerda e cruzou na medida para Martínez marcar de cabeça e confirmar a vaga do time do técnico Rafael Dudamel nas quartas de final da Copa América.
FICHA TÉCNICA
BOLÍVIA 1 x 3 VENEZUELA
BOLÍVIA – Carlos Lampe; Diego Bejarano, Luis Haquín, Adrian Jusino e Marvin Bejarano (Roberto Fernández); Paul Arano, Leonel Justiniano, Fernando Saudeco, Ramiro Vaca e Leonardo Vaca (Raúl Castro); Marcelo Moreno (Gilbert Álvarez). Técnico: Eduardo Villegas.
VENEZUELA – Wuilker Faríñez; Luis Mago, Ronald Hernández, Jhon Chancellor e Roberto Rosales; Tomás Rincón, Junior Moreno e Juan Pablo Añor (Yeferson Soteldo); Jefferson Savarino, Darwin Machís (Josef Martínez) e Salomón Rondón (Murillo). Técnico: Rafael Dudamel.
GOLS – Darwin Machís, a 1 minuto do primeiro tempo; Darwin Machís, aos 9, Leonel Justiniano, aos 36, e Josef Martínez, aos 41 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Justiniano e Raúl Castro (Bolívia).
ÁRBITRO – Esteban Ostojich (Fifa/Uruguai).
RENDA – R$ 631.605,00.
PÚBLICO – 4.640 pagantes (11.746 no total).
LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).