O Paraná Clube quer mostrar hoje, em Belém do Pará, que tem “bala na agulha” para vencer também fora de casa. Um resultado positivo hoje (às 16h), no Mangueirão, diante do Paysandu, além de consolidar a posição do time entre os primeiros colocados, garantiria também o impulso necessário para uma briga mais direta pela liderança do brasileirão.
Sob o comando de Adílson Batista, o time tenta pôr um fim ao jejum de mais de oito meses sem vitórias fora de casa. Com Otacílio Gonçalves e Caio Júnior no ano passado e com Cuca na atual temporada, já são 11 jogos e somente três empates. De resto, só derrotas.
O treinador não deu ênfase a estes números e centralizou a preparação do time na boa performance obtida no segundo tempo do jogo frente ao Flamengo. Teve o cuidado de alertar para o perigo de um recuo demasiado, que ocorreu no jogo passado, quando o placar já era folgado e os suplentes entraram em campo. Adílson também intensificou as jogadas pelos flancos, entendo que este pode ser o caminho para surpreender o adversário. Esperando um Paysandu ofensivo – já que precisa dos três pontos para sair da zona de rebaixamento – o técnico vai tentar aproveitar os espaços que podem surgir entre os volantes e os meias de criação do Papão.
Para dar ritmo às jogadas laterais, chegou a testar Waldir no ataque, mas deve começar o jogo com Flávio Guilherme ao lado de Renaldo. Com um jogador de área e outro goleador “flutuando” no ataque, o Paraná pode tirar proveito do fraco desempenho da defesa paraense, a mais vazada do Brasileirão, com 28 gols sofridos. Mesmo com uma zaga vulnerável, o Paysandu tem mostrado um ataque eficaz, com 19 gols marcados, três a mais que o Inter, um dos primeiros colocados. “Temos que estar atentos ao Róbson e ao Vélber, pois eles são goleadores natos”, comentou Sandro Blum, que substitui Ageu, suspenso, na zaga.
Mesmo com um cuidado especial com a dupla, o Tricolor vai recorrer a uma marcação por zona, tentando evitar o toque rápido do adversário. “Controlar bem as investidas do Paysandu é meio caminho para vencer. A torcida vai empurrá-los e isso pode virar o jogo a nosso favor”, disse Fernando Miguel, responsável pela proteção à zaga, ao lado de Pierre. Émerson cumpriu suspensão no último jogo, mas com a troca no comando técnico ficará no banco de reservas. Adílson preferiu deixar de lado a possibilidade de fortalecer a marcação com três volantes, pois não abre mão de um time equilibrado e posicionado para levar perigo ao adversário.
Paysandu tem Róbson de volta Carlos Mendes
Belém
– Para motivar o time a recuperar sua auto-estima e sair da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o técnico Ivo Wortmann decidiu escalar o Paysandu na partida contra o Paraná, às 16 horas de hoje no Mangueirão com a mesma formação da histórica vitória contra o Boca Juniors, dentro do estádio La Bombonera, valendo pela Libertadores da América. “Quero todo mundo defendendo quando não tiver a bola e atacando em bloco quando dominá-la”, disse o treinador durante conversa com os jogadores.Ele aproveitou para dar um puxão de orelha nos zagueiros, alertando-os para as jogadas de bola parada e os contra-ataques do time paranaense. “Vi o teipe do jogo e foi assim que eles golearam o Flamengo por 6 a 2”, resumiu.
O retorno do atacante Robson deixou o técnico mais aliviado. Mas, no gol, ele ainda está em dúvida entre Ronaldo e Carlos Germano. “Estamos devendo uma vitória dentro de casa à nossa torcida”, disse Robson.
CAMPEONATO BRASILEIRO
12ª RODADA
PAYSANDU x PARANÁ CLUBE
SÚMULA
Local: Mangueirão (Belém do Pará).
Horário: 16h.
Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP).
Assistentes: Valter José dos Reis (FIFA-SP) e Ednílson Corona (FIFA-SP).
PAYSANDU: Carlos Germano (Ronaldo); Rodrigo, Jorginho, Tinho e Luiz Fernando; Sandro, Vanderson, Lecheva e Welber; Robson e Iarley. Técnico: Ivo Wortmann.
PARANÁ: Flávio; Milton, Cristiano Ávalos, Sandro Blum e Fabinho; Fernando Miguel, Pierre, Caio e Marquinhos; Renaldo e Flávio Guilherme (Waldir). Técnico: Adílson Batista.