Chegou a hora de o Atlético mostrar força na Arena e acabar com essa incômoda marca negativa que está acompanhando o estádio neste Brasileirão. Com o vergonhoso resultado diante do Avaí (0x3), o Furacão completou quatro derrotas em oito jogos no Caldeirão, aproveitamento de 50%. Índice muito abaixo do que representa a praça esportiva para a história do Rubro-Negro. Hoje, às 18h30, contra o Barueri, o clube espera iniciar uma nova fase em casa.
O Atlético ressuscitou no campeonato ao vencer três jogos seguidos e nesse retorno à Arena terá a oportunidade de embalar ainda mais e alcançar uma marca que há tempos não vivencia. Outubro de 2005 foi a última vez que o Rubro-Negro conseguiu uma sequência superior a três vitórias, considerando apenas o Campeonato Brasileiro. Naquela ocasião foram cinco triunfos em seguida. De lá pra cá prevaleceu o perde e ganha, rodada a rodada.
Para Rafael Miranda, agora é o momento do Caldeirão voltar a intimidar os adversários. “Quando eu vinha jogar contra, eu respeitava muito e sabia que era muito difícil aqui, que o Atlético tinha muita força e vinha pra cima. Não podemos deixar isso acabar. A nossa força dentro da Arena é grande e os adversários respeitam muito. Então não podemos deixar que esse respeito acabe. E só vamos conseguir isso, jogando bem, marcando forte e vencendo as partidas”, disse o volante que foi dúvida durante a semana, devido a dores na coxa direita.
Para o confronto de hoje à noite, o Rubro-Negro vai contar com a mesma formação da última rodada no Rio de Janeiro. A novidade é o retorno de Bruno Costa na zaga, pelo lado esquerdo. O garoto Neto também faz sua estreia no gol rubro-negro, substituindo Galatto (suspenso). Apesar do frio na barriga gerado pela ansiedade, o jovem afirma estar preparado para o desafio.
Torcida
O grande diferencial para voltar a vencer na Arena será a força da torcida conforme ressaltam os jogadores e o próprio técnico Antônio Lopes, que faz sua reestréia no estádio após dois anos. “Aproveito a oportunidade para convocar a torcida a apoiar nosso time. Ela sempre foi muito importante pra gente. E ganha jogo também. A equipe está precisando desse apoio para jogar bem. A torcida exige muito que o Atlético seja competitivo e guerreiro e ela vai encontrar isso no nosso time”, declarou o delegado feliz nessa volta a Baixada.
O maestro da equipe na atualidade também acredita que chegou a hora de fazer as pazes com o torcedor, porém não vê necessidade numa mudança na forma de jogar. Para Paulo Baier, o Atlético, mesmo com todo o incentivo da arquibancada, não poderá mudar o estilo que tem adotado e revelado ser produtivo.
“Conseguimos três resultados importantíssimos que precisávamos para subir na tabela. Dentro de casa tem que ter equilíbrio, não pode querer só atacar. Tem que jogar da mesma maneira que estamos jogando, um pouco fechado. Mas por jogar em casa é obrigação nossa atacar e chegar mais perto do gol. Com o apoio do torcedor, resgatando essa confiança de novo, a torcida vai nos ajudar a buscar mais uma vitória”, finalizou Baier.