A vitória suada sobre o Cianorte serviu para comprovar a boa fase do time de Wagner Velloso. Se o futebol ainda não é suficiente para satisfazer o seu torcedor, o Paraná Clube comemora o melhor momento na temporada, após três vitórias seguidas.
A marca não era atingida desde a reta final da Série B, quando os triunfos sobre Gama, Ponte Preta e CRB afastaram o risco de rebaixamento. Velloso não esconde que agora o mais importante são os resultados. “O objetivo era a conquista dos três pontos e ele foi alcançado”, avisou o treinador.
Pela primeira vez Velloso pôde sentir o quão exigente é o torcedor paranista. Durante a maior parte do jogo – em especial no segundo tempo – a equipe atuou sob apupos e cobranças.
Sobrou até para o técnico, que ouviu o coro de “burro” ao sacar o único atacante da equipe para a entrada do goleiro Ney. Curiosamente, essa foi a única vez em que o torcedor saiu em defesa de Wellington Silva.
Mesmo sendo o artilheiro do Paranaense, com 8 gols, em todos os jogos na Vila Capanema o atacante foi “marcado” de perto pelos próprios paranistas. “Sei que não agrado a todos. Mas procuro fazer o meu melhor”, disse o atacante.
Wellington Silva preferiu não polemizar sobre a sua saída prematura num jogo em que estava bem. “A opção é do treinador. Eu aceito a escolha do Velloso, pois ele busca fazer o melhor para a equipe”, comentou.
O centroavante acredita que mesmo tendo vencido a duras penas o seu primeiro adversário na segunda fase, o Paraná está no caminho certo, visando o título da temporada.
“Ainda podemos render mais. Só que agora, mesmo não jogando tudo os resultados estão vindo. Isso nos dá tranquilidade para as decisões que vêm pela frente”, analisou.
Na frieza dos números, o Paraná tem, hoje, 80% de rendimento desde a chegada de Velloso. “É aproveitamento de time que está chegando”, destacou Wellington. Na visão do atacante, a equipe tende a conseguir atuações mais lineares nos seis jogos que restam pelo Estadual.
“É o que buscamos. Individualmente, também vou atrás desse objetivo, pois se fico um jogo sem marcar, a pressão já bate forte”, lembrou. E com Wellington tem sido assim.
Titular nos dezessete jogos que o Paraná disputou, ele balançou as redes oito vezes. Porém, os gols só foram marcados em quatro jogos, sempre em dose dupla (contra Engenheiro Beltrão, Cianorte, Toledo e Iguaçu). Contra o Londrina, ele também fez dois, mas os gols foram anulados pela arbitragem.
“Quero estar marcando sempre, se for em dobro, melhor. Mas, acima de tudo, o fundamental é o Paraná continuar vencendo e chegando”, comentou. “O campeonato é equilibrado e dá pra buscar esse título, com seriedade e humildade”, arrematou o goleador.