Velloso cobra personalidade dos jogadores

A corda aperta e o tempo para trabalhar é escasso. O recém-chegado Wagner Velloso tenta driblar essas dificuldades enquanto administra a “herança” que recebeu.

Um time desacreditado, com peças que ainda não emplacaram e sob o risco até de rebaixamento para a segunda divisão paranaense. Um quadro terrível, mas que é amenizado pelo próprio treinador, que adota uma postura otimista e usa o “peso da camisa” do Paraná Clube para motivar os jogadores nesta reta final da fase classificatória, onde o clube precisa ser nada menos do que perfeito.

Mas como esperar perfeição de um time que até aqui somou apenas 14 pontos em 12 jogos disputados? Para Velloso, a resposta está no interior de cada atleta. “Para vestir essa camisa, é preciso personalidade. Não dá pra se abater com a situação. A reação tem que vir do íntimo de cada jogador, pois eles têm que estar preparados para conviver com essa pressão”, comentou o treinador, que pela primeira vez teve alguns dias para preparar a equipe. “Ainda não é o ideal, pois com uma viagem longa no meio, a gente também tem que cuidar com a recuperação dos atletas”, disse o técnico paranista.

A semana foi assim, com muita cautela em relação a peças-chave. O volante Agenor, por exemplo, só participou do apronto, na quarta-feira. Um dos mais regulares do time, ele convive com dores musculares, mas foi confirmado como titular da equipe.

Até porque, sem Edimar (suspenso), o treinador ficou sem opções para a cabeça-de-área. Goiano que não joga há onze meses estará mais uma vez no banco de reservas.

Velloso optou por escalar Gedeon, que na teoria pode dar mais dinâmica ao meio-de-campo. Porém, mesmo tendo na teoria maior qualidade na saída de bola, o jogador tem contra si o frágil desempenho até aqui com a camisa tricolor.

Num passado recente, quando perdeu a posição no time de Comelli, Gedeon afirmou que “disputava” uma vaga com Kleber. Agora, com o até então titular desacreditado, a chance ressurgiu para o meia.

Kleber não foi sequer relacionado para o jogo em Foz, após ser sacado ainda no primeiro tempo da partida contra o Rio Branco. Para o técnico, uma forma de “preservar” o jogador.

Um dos destaques do time que reagiu na Série B no ano passado, Kleber não “encontrou seu espaço” neste novo time. Atuou como meia e segundo volante. Curiosamente, sua melhor partida foi frente ao Toledo, quando foi fixado como primeiro volante durante o segundo tempo.

Na prática, Velloso espera que a zaga garanta a sustentação defensiva do time, permitindo que Gedeon possa buscar aproximação com Bruninho e Lenílson para garantir volume de jogo. Até porque, nas alas o treinador foi obrigado a escalar os suplentes Araújo e Edu Silva.

“Vamos ter que nos superar. É a oportunidade de mostrar nosso futebol e dar a volta por cima, pois o Paraná não pode ficar fora da próxima fase do Paranaense”, arrematou Araújo, que fará seu primeiro jogo como titular nessa temporada.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo