A reestreia no Brasileirão não poderia ter sido pior para o Atlético. Jogando em casa, o time paranaense perdeu para o Cruzeiro por 2 x 0, irritando o torcedor que compareceu ao estádio com esperança renovada. O que se viu em campo foi um novo Atlético, mas apenas na escalação. Porque os velhos erros de posicionamento da zaga e a falta de qualidade nas finalizações voltaram a se repetir. Voltaram também as vaias das arquibancadas e os gritos de “time sem vergonha” e “raça”. Com mais esse revés e com os pontos recuperados pelo Grêmio Prudente, o Atlético volta a figurar na zona de rebaixamento. O próximo desafio será outra pedreira. No sábado, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco, no Rio de Janeiro.
Jogo
O Atlético entrou em campo utilizando seu novo esquema tático 4-2-3-1 e conseguiu fazer um jogo bem equilibrado com o Cruzeiro nos primeiros 45 minutos. A jogada forte rubro-negra foi pelo lado esquerdo, alternando chegadas de Paulinho e Jean à frente. Chances foram criadas no decorrer do 1.º tempo, principalmente com Paulo Baier. Aos 8 minutos, o Maestro recebeu ótimo passe do volante Vitor, que fazia sua estreia, mas não conseguiu dominar a bola e perdeu-se na frente do gol. Aos 34, o camisa 10 recebeu outro passe de Alex Mineiro, tentou driblar o goleiro, mas Fábio se recuperou e espalmou para escanteio. Dez minutos antes, o Rubro-Negro conseguiu marcar seu gol com Bruno Mineiro, porém o árbitro anulou, alegando impedimento.
O Cruzeiro era perigoso quando o Atlético deixava espaço para a equipe celeste tocar a bola. O goleiro Neto teve muito trabalho com os arremates de fora da área de Thiago Ribeiro e Roger. No último minuto da etapa inicial, o gol aconteceu. Cruzamento da direita de Thiago Ribeiro. Os zagueiros atleticanos ficaram parados e Wellington Paulista subiu sozinho para abrir o placar. “Infelizmente cometemos um vacilo no final. Temos que correr atrás para virar”, afirmou Wagner Diniz na saída para o intervalo.
Perdendo em casa, Carpegiani fez alterações para o 2.º tempo. Voltou ao tradicional esquema com três zagueiros (3-5-2) para liberar seus alas: Diniz e Paulinho. O Cruzeiro recuou para jogar no contra-ataque e o Atlético foi pra cima. Em 11 minutos, três chances desperdiçadas com a dupla mineira, Alex e Bruno. A pressão permaneceu com arremates de Branquinho aos 25 e Wagner Diniz aos 28. Cinco minutos depois, mais um gol anulado do Furacão. Após cobrança de falta de Baier, Rhodolfo desviou para o fundo da rede, mas o assistente marcou impedimento.
A resposta cruzeirense à pressão atleticana foi fulminante. Aos 41, a Raposa encaixou o contra-ataque que perseguiu durante todo o 2.º tempo e determinou a sua vitória. Em outro erro de marcação, Robert recebeu sozinho e bateu sem chance para Neto.
Allan Costa Pinto |
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Branquinho ainda deu um novo ânimo ao time no segundo tempo. |
