Principal adversário do Atlético no grupo 1 da Libertadores, o Vélez Sarsfield é um time bem reformulado em relação àquele que na edição passada da competição chegou às oitavas de final. Da equipe-base de 2013 para a atual, foram nada menos do que seis mudanças, além da saída do técnico Ricardo Gareca, que deu lugar ao auxiliar José “Turu” Flores. Porém, não significa que se perdeu qualidade.
Atuando no 4-4-2, com jogadores rápidos e habilidosos no meio-campo, a principal arma do time argentino é a velocidade. Com passes rápidos e, muitas vezes, lançamentos longos, quando tem a posse de bola, o Vélez chega com certa facilidade ao ataque. O que pode gerar dor de cabeça para a zaga atleticana, que costuma jogar em linha.
Principalmente pelo fato de que o ataque dos hermanos é formado por Lucas Pratto, maior nome do adversário, e Mauro Zárate, que nos últimos anos atuou por Lazio e Internazionale, da Itália, e, apesar de ser o camisa 9 e artilheiro da equipe – marcou dez gols nos últimos dezoito jogos -, não é um homem de referência na área. Inclusive, em alguns casos o próprio Pratto joga mais avançado, embora costume abrir pelo lado esquerdo, sendo uma espécie de garçom.
Rápido, Zárate costuma sair bastante da área, despistando a marcação e surgindo entre os marcadores quase como um elemento surpresa, quando os defensores estão mais preocupados com o jogador que tem a posse de bola. Quando não é o próprio atacante que inicia as jogadas, que acabam sendo concluídas com seus gols. Assim, trabalhando bastante a posse de bola e toques em velocidade, a equipe normalmente consegue criar espaço na zaga adversária, com pelo menos um jogador aparecendo sem marcação.
Ponto fraco
Por outro lado, a defesa do Vélez é o ponto fraco do time. Apesar de contar com uma zaga experiente, com Sebá Domínguez, que defendeu o Corinthians e seleção argentina, Fernando Tobio, que tem apenas 24 anos mas já é titular há dois anos, e o lateral-esquerdo Papa, desejado recentemente por Vasco e Cruzeiro e que se sai melhor apoiando o ataque, vem falhando muito recentemente.
No último jogo da equipe, sábado passado, na derrota por 3×2 para o Lanús, os três gols do adversário saíram em falhas individuais. No primeiro gol, Cubero deixou Pereyra Díaz livre na área após cruzamento. No segundo, passe errado de Allione, que, em frente à área, deu nos pés de Benítez. No terceiro, a lambança foi ainda pior. Após escanteio para o Vélez, Santiago Silva tirou a bola da área e acabou criando um contra-ataque, com Desábato se atrapalhando com a bola e vendo Benítez entrar sozinho na área e marcar mais um gol.
