Faltando pouco mais de um ano para os Jogos Olímpicos do Rio, a vela brasileira segue com resultados inferiores à importância da modalidade para a meta do Brasil de estar no top10 do quadro de medalhas. O Troféu Princesa Sofia, etapa espanhola da Copa do Mundo, terminou neste sábado em Palma de Maiorca com apenas uma medalha para a delegação brasileira, de bronze.
O único pódio veio em uma das classes em que o País vive pior momento, na 49er, com a dupla Dante Bianchi/Thomas Lowbeer, do Iate Clube do Rio. Os cariocas ficaram em terceiro na medal race e mantiveram a terceira posição na classificação geral, atrás de barcos da Nova Zelândia (ouro) e Alemanha (prata).
A surpresa se dá porque o Brasil não tem barcos entre os 30 melhores do ranking mundial. Marco Grael/Gabriel Borges fez um bom 10.º lugar na etapa de Miami (EUA) da Copa do Mundo, enquanto Dante Bianchi/Thomas Lowbeer reagiu com o bronze em Palma de Maiorca.
Dante e Marco brigam pela indicação do Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio-2016, ocupando respectivamente o 32.º e 36.º lugar do ranking mundial. Como Marco, 11.º no Princesa Sofia, é filho do técnico da seleção brasileira de vela, Torben Grael, seu pai, e Lars Grael, seu tio, ambos membros do conselho técnico da vela, não poderão participar da escolha.
MARTINE GRAEL – Desde pelo menos o início do ano passado, o Brasil não consegue mais de uma medalha em cada uma das principais competições da temporada. Os bons resultados estavam vindo apenas com Martine Grael/Kahena Kunze, dupla que foi campeã mundial no ano passado na 49er FX.
Em Palma de Maiorca, pela primeira vez em mais de um ano, elas não conseguiram chegar ao pódio, terminando em quarto depois de uma boa recuperação. As brasileiras chegaram em terceiro na medal race e terminaram com 100 pontos perdidos, contra 106 das australianas Olivia Price e Eliza Solly, que ficaram com o bronze.
A etapa do ano passado da Copa do Mundo em Miami (EUA) havia sido a última vez que Martine e Kahena não chegaram ao pódio. Na ocasião, assim como na Espanha, elas ficaram em quarto. As brasileiras lideram o ranking mundial com folgas.
Na classe 470 Feminina, o Brasil tem as segundas colocadas do ranking mundial, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, que terminaram em quinto o Princesa Sofia, depois de ficarem em sétimo na medal race. Assim, acabaram oito pontos atrás das medalhistas de bronze.
Robert Scheidt, Bimba e Patrícia Freitas, outros nomes importantes da vela brasileira, não competiram em Palma de Maiorca, na etapa mais forte da Copa do Mundo de Vela. Jorge Zarif ficou em 24.º na Finn, enquanto Bruno Fontes foi só o 36.º na Laser.