Seria exagero dizer que o Vasco joga a sua vida na Copa Libertadores, nesta quarta-feira, contra o Libertad, do Paraguai. Mesmo em caso de derrota, ainda há esperança para os vascaínos. Mas a situação ficaria crítica e é com o espírito de uma final que a equipe brasileira encara o confronto contra os paraguaios, às 22 horas, em São Januário. O time cruzmaltino soma quatro pontos e está três atrás dos visitantes, que lideram a chave.
Às vésperas de partida tão crucial, foi bom incentivo e inspiração o treino desta terça, em São Januário. O ex-atacante Edmundo participou do recreativo em equipe formada por Juninho Pernambucano e Felipe, relembrando grande momentos do fim da década de 1990. Edmundo treina com o grupo vascaíno desde a semana passada com vistas a seu tardio jogo de despedida, no próximo dia 28. O polêmico ex-jogador marcou dois gols e animou o elenco.
A tensão deve mesmo marcar o duelo. No jogo de ida, há uma semana, o grupo vascaíno se sentiu prejudicado por uma arbitragem leniente com a violência paraguaia e os zagueiros Dedé e Renato Silva ainda foram vítimas de ofensas racistas. A torcida, que deve comparecer em bom número ao estádio, promete manifestações contra o racismo.
“A torcida está com esse sentimento de defender o clube e os jogadores. Ela tem liberdade de se manifestar, assim como os jogadores. Ficamos tristes com isso porque é um retrocesso”, comentou o técnico Cristóvão Borges, que promete uma equipe focada em jogar futebol. O mesmo espera o técnico adversário, Jorge Luis Burruchaga: “Será um jogo com clima de copa, como deve ser. Viemos aqui para jogar futebol”.
O meia Juninho Pernambucano foi relacionado para o confronto. A expectativa é que fique no banco, com Felipe no time titular. Sua utilização vai ser ditada pelo desenrolar da partida. O meia Diego Souza cumpre suspensão pela expulsão em Assunção. “É muito importante contar com jogadores que encaram partidas como esta com naturalidade. É bom ter alguém para transmitir experiência e tranquilidade, jogos de caráter decisivo, como acontece com Juninho e Felipe”, disse Cristóvão Borges.
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