Rio – Com um gol aos 44 minutos, o Vasco empatou com a Ponte Preta, por 2 a 2, ontem à tarde, em São Januário, em jogo válido pela 39.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado deixou o time carioca com 49 pontos e em 15.º, enquanto o paulista somou 58, em nono na classificação.
Apesar de impor seu ritmo de jogo durante todo o confronto, os sucessivos erros defensivos do time carioca prejudicaram a equipe, que chegou a estar perdendo por 2 a 0.
Por atuar em casa, o Vasco tomou a iniciativa da partida e logo ao primeiro minuto do confronto o meia Coutinho acertou um belo chute da intermediária, defendido pelo goleiro Lauro. Mas, aos 20 minutos, Anselmo recebeu a bola livre de marcação, entrou pela direita da área e chutou sem defesa para Cássio.
O gol da Ponte Preta não desestabilizou o Vasco, que permaneceu no ataque. Mas, aos 32 minutos, novo erro da zaga vascaína e Alessandro ficou livre para chutar da intermediária e fazer um belo gol.
Na volta para o segundo tempo, o técnico do Vasco, Joel Santana, que havia substituído o meia Róbson Luís por Rubens, por contusão, foi obrigado a colocar Gustavo no lugar de Petkovic, principal jogador vascaíno, também contundido. Além deles entrou André Lima no lugar de Anderson.
As mudanças melhoraram o posicionamento em campo do Vasco, que adotou uma postura ainda mais ofensiva em busca da reação. Logo aos 3 minutos, Ygor marcou o primeiro gol vascaíno, de cabeça, após um cruzamento de Diego.
Com a Ponte Preta atuando na defesa, o Vasco encontrou mais liberdade para pressioná-la. E, aos 44 minutos, Rubens entrou na área e chutou de direita, empatando o confronto.
Ficha técnica:
Gols: Anselmo, aos 21 minutos, e Alessandro, aos 32 minutos, do primeiro tempo. Ygor, aos 3 minutos, e Rubens, aos 44 minutos do segundo tempo.
Vasco: Cássio; Thiago Maciel, Henrique, Fabiano e Diego; Coutinho, Ygor, Emerson e Petkovic (Gustavo); Róbson Luís (Rubens) e Anderson (André Lima). Técnico: Joel Santana.
Ponte Preta: Lauro; André Cunha, Luís Cláudio, Rafael Santos e Luciano Baiano; Marcus Vinícius, Ricardo Conceição, Flávio e Júlio César (Lindomar); Alessandro (Roger) e Anselmo (Angelo). Técnico: Nenê Santana.
Renda: R$ 44.210,00. Público: 3.438 pagantes.
FPF deseja projeto médico para Paulistão
São Paulo – O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, pediu aos médicos Fernando Solera e David Uip um projeto para exames rigorosos e mais freqüentes nos jogadores que atuam no estado. A idéia é começar o trabalho no início do Paulistão/2005. “O que aconteceu com o Serginho foi uma terrível fatalidade. Em minha opinião, resultado das exigências físicas cada vez maiores. Temos de tomar as medidas para proteger os atletas”, disse Marco Polo.
O dirigente determinou ainda fiscalização dos dispositivos médicos em todos os estádios da Série A. Marco Polo, que joga futebol todos os finais de semana na SAG (Sociedade dos Amigos do Guarujá), pediu ao presidente que estude a aquisição de um desfibrilador. “Esta é uma conquista da medicina. Todo mundo deve ter acesso a ela”, justificou.
Os dirigentes concordam que os exames têm de ser cada vez mais completos. “Acho apenas que a FPF deve auxiliar os clubes nisso”, disse o presidente do Paulista de Jundiaí, Eduardo Palhares. A redução no número de partidas por ano seria outro caminho para proteger o atleta. Quem defende há vários anos a medida é o presidente do Sindicato de Atletas do Estado de São Paulo, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli. Segundo ele, o ideal é estabelecer o limite de 60 jogos/ano. “Os grandes clubes estão atuando 80 vez por ano, é excessivo. E temos de ter um mês de férias.” Em São Paulo, por exemplo, os clubes disputarão o Brasileirão até 19 de dezembro. E os jogadores deverão se apresentar no início de janeiro para a pré-temporada. “Esta questão quem deveria resolver é o Ministério do Trabalho. As férias têm que ser de 30 dias e pronto. Eles poderiam voltar mais tarde e iniciar a preparação junto com a disputa do Paulistão”, diz Martorelli.
Fábio Costa quer jogadores unidos para lutar por direitos
São Paulo – Fábio Costa completou 50 jogos com a camisa do Corinthians (na vitória por 1 a 0 sobre o Vitória, sábado) sem motivos para comemorar. A morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, ainda não saiu de sua cabeça. O goleiro corintiano acha que os jogadores deveriam se reunir e lutar por seus direitos.
Quando esteve na seleção paulista, no mês passado, Fábio Costa liderou um movimento no sentido de provocar uma discussão na classe.
“O Sérgio e outros jogadores assinaram. Quem sabe daí não sai alguma coisa que possa ajudar o jogador de futebol”, assinalou.
O goleiro do Corinthians ainda criticou quem faz o calendário brasileiro. “Esse pessoal nunca jogou bola e não sabe a pressão que enfrentamos, não só no campo, atuando, mas em tudo o que cerca os jogos. Viagens, concentrações, a nossa ausência da família. Jogador de futebol também é um ser humano, também tem o direito de ver o filho crescer.”
Fábio também reclamou das férias. “Veja você: vamos sair de férias no dia 19 de dezembro e 15 dias depois já estaremos de volta, treinando. Algum dia isso vai ter de mudar. Nem se tivermos de nos mobilizar, o que eu sei que nem sempre é fácil. De repente, posso ficar aqui, falando sozinho.”
Sobre o seu momento no clube do Parque São Jorge, Fábio Costa só tem do que se orgulhar. “Eu posso assegurar que estou muito feliz aqui no Corinthians”, conclui o goleiro alvinegro.