A intenção do Palmeiras de se recuperar após dar adeus à Copa Libertadores ficou frustrada por uma atuação fraca e um gol sofrido no fim. Em Volta Redonda (RJ), no estádio Raulino de Oliveira, pela 20.ª rodada do Campeonato Brasileiro, o time fez um jogo fraco tecnicamente contra o Vasco, empatou em 1 a 1 neste domingo e esfriou a arrancada desejada para reagir e confirmar vaga na competição continental do próximo ano.
A partida de muitos erros dos times marcou o encontro de um Palmeiras desfalcado e abalado pela queda na Copa Libertadores contra um Vasco que passou os três últimos jogos sem marcar gols. O pouco de emoção e intensidade ficou somente para o fim, após as equipes terem superado as próprias limitações e marcado gols.
O primeiro jogo do Palmeiras depois da eliminação na Libertadores, na última quarta-feira, trouxe a equipe com cinco mudanças, a maioria forçada por lesões. Isso, no entanto, não significou corrigir falhas e ter um time mais efetivo e organizado, defeitos evidentes em jogos anteriores.
A partida em Volta Redonda testou a paciência da torcida. Vasco e Palmeiras erraram passes, não criaram e deram motivos de sobra para quem viu o jogo buscar outra distração mais interessante em vez de olhar para o campo e presenciar o futebol ruim. Fora um gol anulado do Vasco e uma chance clara de Róger Guedes defendida pelo goleiro uruguaio Martín Silva, não houve nada atrativo.
O intervalo foi a hora de o técnico Cuca desfazer a mudança tática feita para o jogo. O esquema 4-4-2 do início deu lugar, com a entrada de Keno, para o 4-3-3 habitual. A expectativa de ter mais movimentação e chegar ao ataque não deu certo. Quando se a inspiração está em falta e o abatimento ainda existe, pouco se pode fazer para salvar a atuação.
O Palmeiras em campo continuou desorganizado e com pouca aproximação com o ataque. O velocista Keno ficou quase sempre sozinho, o Vasco pouco ameaçava e a partida rumava para um empate sem gols praticamente certo. Era preciso, portanto, alguma jogada inusitada para alterar o panorama. Pois então o pequenino Guerra, de 1,72 metro, entrou como centroavante na área para concluir de peixinho cruzamento de Jean, aos 31 minutos.
Como a partida era fraca e os time pouco criavam, o gol parecia ser o definitivo do placar. Engano do Palmeiras. O time falhou na marcação de um escanteio e Manga Escobar completou de carrinho, aos 42 minutos, para igualar e dar ao jogo um pouco mais de imprevisibilidade. Mas já era tarde. Se o resultado não agradou, o empate ficou à altura do nível técnico baixo da partida.
FICHA TÉCNICA
VASCO 1 x 1 PALMEIRAS
VASCO – Martín Silva; Gilberto, Rafael Marques, Breno e Ramon; Jean, Wellington (Manga Escobar), Paulinho (Paulo Vitor), Mateus Vital e Wagner (Nenê); Luis Fabiano. Técnico: Milton Mendes.
PALMEIRAS – Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Luan e Michel Bastos; Thiago Santos, Bruno Henrique (Keno), Tchê Tchê (Borja) e Guerra (Zé Roberto); Róger Guedes e Deyverson. Técnico: Cuca.
GOLS – Guerra, aos 31, e Manga Escobar, aos 42 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Nenê (Vasco); Jean e Raphael Veiga (Palmeiras).
ÁRBITRO – Paulo Roberto Alves Junior (PR).
PÚBLICO – 4.306 pagantes (5.323 no total).
RENDA – R$ 129.885,00.
LOCAL – Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).