O Vasco sofreu ontem para manter a invencibilidade em São Januário. Empatou por 2 a 2 com o Atlético-MG e completou 20 jogos sem derrota em seu estádio.
O Vasco iniciou o jogo em ritmo lento, buscando os contra-ataques, mas era contido pela defesa do Atlético-MG, um time com um toque mais cadenciado e bem organizado. Aos 12 minutos, Michel cruzou da esquerda e Fábio Júnior abriu o placar. A equipe mineira poderia ter ampliado em seguida, num chute forte do lateral Cicinho, defendido com estilo por Fábio.
A desvantagem do Vasco irritou sua torcida. As primeiras vaias surgiram antes da metade da primeira etapa. Ao mesmo tempo num dos camarotes de São Januário, o presidente do clube, Eurico Miranda, e o presidente da Federação Estadual de Futebol do Rio, Eduardo Viana, conversavam amistosamente e chegavam a sorrir com um ou outro comentário. Eles haviam ?rompido? relações durante a semana. Fecharam o rosto minutos depois, quando Fábio Júnior se livrou de Fábio, perdeu o “tempo da bola” e o gol. O Vasco tentava dar a resposta, sem criatividade e à base do chutão para a frente. Enquanto isso, Lúcio Flávio se destacava e dele nasciam as melhores jogadas do Atlético-MG. O meia tinha liberdade, ninguém o marcava.
O Vasco voltou melhor depois do intervalo. Morais sofreu pênalti de Genalvo, aos cinco minutos, bem cobrado por Wellington Paulo. O empate deu mais movimentação ao jogo. Os cariocas atuavam com ânimo, embora desorganizados. Marques esteve por desempatar assim como Luiz Alberto, Alex Alves e Ferrugem, pelo adversário.
O Atlético-MG, então mais acuado, repetiu a estratégia do Vasco no início: a de jogar em contra-ataques. O empate parecia ser o mais provável, até Ely Tadheu, aos 30 minutos, aproveitar cruzamento de Marques para fazer Vasco 2 a 1. O resultado seria injusto. E, aos 36 minutos, Fábio Júnior deu o passe desconcertante para Lúcio Flávio marcar o último gol da partida.