Enquanto Palmeiras e Corinthians disputavam a liderança do Campeonato Paulista, o São Paulo começou a enfileirar uma série de vitórias e, quase sem ser notado, alcançou a ponta da competição. O jogo desta quinta-feira contra o Catanduvense, às 19h30, na Arena Barueri, inicia a série de quatro partidas para mostrar que a equipe é capaz de se manter à frente até o final da primeira fase e, com isso, conquistar o direito de decidir a vaga em casa nos mata-matas.
Sem clássicos a disputar, o time terá pela frente adversários da parte intermediária da tabela de classificação (exceção feita ao Mogi Mirim, que faz boa campanha, mas que joga no Morumbi) e os sete triunfos consecutivos dão moral para pensar em vencer os jogos restantes.
Emerson Leão acredita que definir a classificação no Morumbi é uma vantagem pequena para um campeonato tão longo, mas atingir a liderança dá moral a um elenco que ainda está em fase de formação e pode ajudar na hora da decisão. O treinador comemora a ascensão sorrateira ao topo e acredita que, a partir de agora, o time tricolor entrará na mira dos rivais. “No começo do ano, as manchetes não eram favoráveis ao São Paulo e ainda não são. Que continue assim. Estamos subindo devagar, com consciência, e nos deparamos com o primeiro lugar”, afirmou.
A expectativa dos jogadores é encontrar um adversário fechado no campo de defesa e tentando conseguir o resultado em um lance isolado de contra-ataque. A equipe do interior pode se manter longe da degola mesmo com um empate. As dimensões reduzidas da Arena Barueri (o Morumbi está alugado para shows) facilitam a retranca rival, por isso o São Paulo espera dificuldades. “Todo mundo falava que contra o XV seria fácil, mas eles se fecharam na defesa e sofremos bastante. Precisamos evitar esse tipo de susto e tentar construir o resultado logo”, analisou o volante Rodrigo Caio, que volta ao time no lugar de Piris, suspenso.
O São Paulo não poderá contar mais uma vez com Luis Fabiano, que não se recuperou de um edema na coxa esquerda e desfalca a equipe pelo segundo jogo seguido (não pegou o Mirassol pelo mesmo motivo). A maior decepção, no entanto, foi o veto de Fabrício, que treinava normalmente com o restante do elenco nesta quarta, mas acabou deixando a atividade com dores na panturrilha direita, mesmo lugar da lesão que o mantém afastado desde os 22 minutos em que atuou contra o Bragantino, na 9.ª rodada. O jogador continuará em tratamento para pôr fim ao problema que já incomoda também a comissão técnica.