Ao mesmo tempo em que a Arena da Baixada teve o poder de transformar o destino do Atlético, a partir da sua inauguração, em 1999, e ajudar o Furacão em grandes conquistas, a casa do torcedor atleticano também transformou a vida do ex-lateral-esquerdo Vanin. Vindo do futebol piauiense, o ex-jogador atleticano e agora técnico de futebol marcou o gol da vitória rubro-negra sobre o Cerro Porteño por 2×1, no dia 24 de junho de 1999, data da inauguração da nova e moderna Arena da Baixada. 

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“Confesso que aquele gol foi o mais emocionante e um dos mais importantes da minha carreira. Estava vindo do Piauí e quase ninguém me conhecia. Felizmente consegui fazer aquele gol, que foi em uma data especial, da inauguração da Arena da Baixada e, apesar de ser um amistoso, a partir dali eu comecei a ser mais visto e o gol me deu mais importância e mais visibilidade no futebol brasileiro. Passei a ser mais respeitado pelas pessoas e passaram a olhar diferente para mim”, sentenciou Vanin. 

O ex-lateral do Furacão lembra, como se fosse hoje, do gol marcado e do todo o clima que cercou aquele duelo contra o time paraguaio. “O clima estava tenso, pois não podíamos decepcionar o nosso torcedor, que estava em festa. A gente conseguiu fazer um bom jogo, abrimos o placar, mas sofremos o empate em um momento difícil da partida. Mas mantivemos o equilíbrio emocional e conseguimos vencer, deixando a festa completa naquele dia”, relembrou. 

Logo no primeiro ano da inauguração do estádio atleticano, o Atlético provou que a Arena da Baixada seria um forte aliado do time rubro-negro nas partidas em casa na conquista da seletiva para a Libertadores da América, vencida pelo Furacão. Vanin, Gustavo, Kelley, Adriano, Lucas e companhia, em 1999, levaram o Atlético pela primeira vez a disputa da principal competição de clubes da América do Sul. 

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“Nós sabíamos, antes mesmo de ser inaugurada, que a Arena da Baixada seria a nossa força maior naquele ano. A torcida ficava muito próxima e fechamos e falamos que íamos fazer disso a nossa arma. Se jogava bem ou mal, não importava, pois nos procurávamos nos doar ao máximo do início ao fim das partidas. O Kelly até falava na época, que até podíamos errar, mas parar de correr jamais. Por isso, os jogos em casa se tornou a marca daquele time e conseguimos levar o clube a disputa da sua primeira Libertadores da América”, frisou Vanin. 

Volta

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Vanin, que depois do Atlético defendeu o Fluminense, Figueirense e algumas equipes do interior de São Paulo, se tornou técnico do Cori-Sabbá-PI no ano passado, aos 38 anos. O ex-jogador atleticano, depois de deixar a equipe piauiense depois de conquistar a quinta colocação no Estadual deste ano, está desempregado e afirmou que em futuro próximo pretende voltar a trabalhar no Atlético. 

“É o que eu quero para a minha vida a partir de agora. Sei que preciso passar por alguns processos e se tudo der certo um dia quero estar de novo no Atlético, fazendo algum estágio para que eu possa me aprimorar mais. No ano passado ainda disputei algumas partidas pelo Cori-Sabbá, mas parei de vez e me tornei treinador da equipe, que me deu essa oportunidade”, pontuou Vanin, que não esconde seu carinho e sua paixão pelo Atlético. 

“Foi no Atlético que eu apareci. Sou apaixonado pelo Atlético e torço muito por esse clube, por essa torcida maravilhosa e espero que o clube se torne cada vez mais forte. O Atlético foi muito importante na minha vida e vou estar sempre torcedor pelo Atlético e hoje só posso parabenizar todos os torcedores atleticanos pelo o que eles sempre fizeram e fazer em prol desse clube”, arrematou o ex-jogador rubro-negro.