Louis Van Gaal admitiu nesta quarta-feira, após a derrota para a Argentina nos pênaltis na segunda semifinal da Copa do Mundo, que pretendia colocar em campo novamente o goleiro Krul, herói da Holanda na vitória sobre a Costa Rica nas quartas de final. O terceiro goleiro da seleção europeia havia defendido duas penalidades, depois do empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, e classificara o time às semifinais.
Nesta quarta, porém, o treinador holandês não pôde repetir a estratégia. Krul não saiu do banco de reservas porque Van Gaal precisou fazer as três substituições da equipe antes do fim da prorrogação contra a Argentina, no estádio Itaquerão, em São Paulo.
“Se eu tivesse tido a oportunidade, sim, eu teria feito a substituição. Mas eu já tinha feito as três trocas”, lamentou Van Gaal, que surpreendeu ao fazer a ousada troca de goleiros na semana passada.
O titular Cillessen, que ficara irritado com a substituição inesperada contra a Costa Rica, não teve o mesmo desempenho do companheiro nesta quarta. Não pegou nenhuma das cobranças do time argentino, garantido na final da Copa do Mundo.
Van Gaal teve que se contentar com o seu goleiro titular, cinco centímetros mais baixo e com menor alcance que Krul, porque trocara mais cedo o zagueiro Martins Indi por precaução. “Ele tinha levado o cartão amarelo e também tinha que marcar o Perez e estava chegando atrasado nas jogadas. E eu não queria arriscar”.
Na sequência, evitou correr novo risco com o volante Nigel De Jong, que havia sido cortado da Copa pela comissão técnica por lesão mas que teve recuperação rápida. Acabou sacando o jogador por medo um problema físico mais grave. Depois trocou o capitão Robin Van Persie por Klaas-Jan Huntelaar. “Van Persie estava exausto, por isso coloquei Huntelaar”, justificou o treinador.