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Valverde diz confiar em clássico com o Real Madrid em Barcelona

Em meio a um impasse sobre o local do jogo do clássico com o Real Madrid, o técnico do Barcelona, Ernesto Valverde, afirmou nesta quinta-feira que confia que a partida será disputada no Camp Nou, diante da torcida catalã. O jogo está marcado para o dia 26 deste mês, pela 10ª rodada do Campeonato Espanhol.

“Ainda faltam nove dias para este jogo. Está claro que esta semana está sendo um pouco estranha aqui em Barcelona, mas ainda falta um tempo para o clássico. Confiamos em nós mesmos, em nosso povo, em poder jogar esta partida em nosso estádio”, declarou o treinador do time catalão.

Na quarta-feira, em razão dos seguidos protestos na cidade espanhola, a liga que organiza o Espanhol pediu à Real Federação Espanhola de Futebol para mudar a sede do clássico. A entidade quer inverter o local do jogo, transferindo a partida do Camp Nou para o Santiago Bernabéu, estádio do Real, por questões de segurança e logística.

“Tivemos tentativas de mudar a ordem dos jogos, para jogarmos primeiro no Bernabéu, mas não vimos como terminou as tratativas”, declarou o treinador. Ainda na terça, o clube catalão se mostrou contrário à mudança de sede da partida. Nos bastidores, o Real estaria tentando apenas mudar a data deste clássico para dezembro.

Para Valverde, um dos obstáculos ao Barcelona seria a possibilidade de jogar duas partidas consecutivas fora de casa. “Teríamos que viajar novamente, mas esta não é a única questão. Também temos que respeitar o calendário e os torcedores. O normal seria jogar em nosso campo.”

A preocupação dos dirigentes com o clássico se deve às manifestações que tiveram início na segunda-feira, em Barcelona. Milhares de pessoas ocuparam o Aeroporto de El Prat, em protesto contra a condenação de 12 líderes separatistas catalães. As principais ruas da cidade foram bloqueadas e os serviços de trens urbanos e do metrô foram interrompidos. A polícia reprimiu com violência as manifestações. Mais de 100 voos foram cancelados, ao menos 70 pessoas ficaram feridas nestes últimos dias.

O caos começou assim que o Tribunal Supremo da Espanha condenou nove líderes separatistas a penas de prisão que variam de 9 a 13 anos por sedição em razão do referendo de outubro de 2017, realizado apesar de uma proibição do governo em Madri. Outros três réus foram considerados culpados de desobediência e não receberam penas de prisão.

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