As duras críticas de Mário Celso Petraglia desagradaram um dos principais autores do manifesto de notáveis atleticanos pela união em prol do clube. Mas não minaram a disposição do ex-presidente Valmor Zimermann em seguir apoiando o Furacão.
Valmor não escondeu a mágoa com a furiosa reação do presidente do Conselho Deliberativo rubro-negro. Em entrevista à rádio oficial do clube, na última segunda-feira, Petraglia atacou os autores do manifesto, acusando-os de “oportunistas”, de falar mais do que agir e de terem pouca experiência administrativa a oferecer, entre outras acusações.
“Foi incompreensível. Em vez de agradecimentos pelo apoio, fala-se uma série de absurdos e de bobagens”, reclama Valmor, citado nominalmente por Petraglia como um dos “ilustres” que não pagam ingresso para ir ao estádio.
O ex-presidente lembra, por exemplo, que era o membro do Conselho Gestor responsável pelo departamento de futebol em 2001, ano do título nacional. O presidente naquela ocasião era Marcus Coelho o mais criticado por Petraglia na entrevista.
“O que criamos foi só uma corrente positiva para evitar a queda para a 2.ª Divisão, mas foi interpretada como se fosse movimento político. Eu, por exemplo, me aposentei do Atlético em 2002 e não pretendo mais voltar”, queixou-se o ex-dirigente.
Mesmo com as críticas, Valmor garante que não deixará de apoiar o Atlético e que estará na Baixada na partida contra o Grêmio. “Vamos torcer e nos colocar à disposição para o que for preciso. Os demais (membros do grupo) também não vão desitir”, falou Valmor, que encabeçou o manifesto ao lado de Marcus Coelho e dos ex-diretores Roberto Karam, Edilson Thiele e João José Werbitzki.