Dirigente impôs condições para tocar
novamente o futebol profissional do clube.

O Atlético pode ter nos próximos dias o reforço de Valmor Zimermann na direção do clube. Chamado pessoalmente pelo presidente Mário Celso Petraglia, o ex-dirigente pode rever sua “aposentadoria” do futebol e voltar para socorrer a atual administração, que enfrentou uma série de dificuldades ao longo do ano. A decisão deve sair nos próximos dias e, se for concretizada, desencadeará uma série de mudanças na estrutura rubro-negra.

Segundo apurou a Tribuna, Zimermann seria o novo diretor de futebol. Mas para aceitar, o ex-presidente exige trazer consigo os ex-diretores Ademir Adur e Ênio Fornea, ter carta branca para tocar o futebol atleticano e apoio de sua família para trabalhar pelo Furacão. Se Petraglia concordar, o clube volta a ter um dirigente de campo após quase um ano sem ninguém na função.

Apesar de seus familiares já terem pedido para que Zimermann descanse mais, é possível que o apóiem numa volta ao Atlético. Parentes próximos disseram a interlocutores que entendem que o ex-presidente se sente bem no clube e não gostariam de contrariá-lo. No entanto, não querem que ele encontre um ambiente interno conturbado e se desgaste muito. Há pouco tempo, Zimermann passou por uma delicada cirurgia, mas já está totalmente restabelecido.

Com o apoio da família, o problema seria convencer Petraglia a abrir mão de parte do comando do clube. Da vez anterior que esteve à frente do futebol, Zimermann exigiu que constasse em ata (do Conselho Deliberativo) que ele tinha plenos poderes em seu departamento. A intenção era evitar a intromissão excessiva de outros diretores. “Ele sempre ouviu as outras pessoas, mas queria ter a palavra final”, disse uma fonte à Tribuna.

O outro problema, aparentemente, seria o mais difícil de ser aceito já que Adur e Fornea só retornam ao Rubro-Negro se não encontrarem o diretor-técnico Antônio Carlos Gomes trabalhando no clube. Como Gomes tem sido o braço direito de Petraglia no comando do profissional e das categorias de base, esse seria o principal impasse para que o socorro dos ex-dirigentes possa ser efetivado.

Desde que retomou o poder do Atlético, Petraglia fez uma limpeza no quadro pessoal do clube. Quem era alinhado a algum dos ex-diretores foi convidado a se retirar. Com Zimermann de volta, muitas dessas decisões seriam revistas. A atual diretoria precisa da volta deles porque o clube está com uma dívida de R$ 6 milhões e eles podem ajudar, não só pondo dinheiro do próprio bolso, como viabilizando negociações de jogadores e usando seu prestígio para acalmar o ambiente interno.

Novos vencem Dois Vizinhos

O Atlético encerrou a temporada de 2002 vencendo a equipe do Dois Vizinhos por 3 a 1. O amistoso marcou o aniversário da cidade do Sudoeste do Paraná, a inauguração do estádio municipal e o primeiro teste da nova safra de jogadores promovidos aos profissionais. Agora, os jogadores que continuam no CT do Caju, trabalham até o dia 5, quando então serão liberados para as férias.

Em clima de festa, onde o lateral-direito Denílson e o atacante atleticano Dagoberto foram homenageados por serem naturais de Dois Vizinhos, a partida serviu mais para a estréia de alguns atletas com a camisa rubro-negra e para treinar o time local, que está disputando as finais da terceirona paranaense. Do nervosismo inicial, o Furacão logo passou a dominar as jogadas e levar mais perigo ao gol de Osmar. O primeiro gol, no entanto, só saiu aos 43 minutos. O lateral-direito David recebeu uma bola na esquerda, invadiu a área e tocou na saída do goleiro adversário.

Na segunda etapa, o atacante Ilan mostrou que está recuperado e deixou a sua marca duas vezes. Na sequência, Marquinhos Jaú fez o gol de honra do Dois Vizinhos e foi só. Para o técnico Vinícius Eutrópio, o jogo foi importante para que a garotada comece a se acostumar com jogos com a presença (e também a pressão) da torcida.

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