O primeiro tempo foi bastante truncado e ambos os times cometeram muitas faltas. Para se ter idéia, logo aos seis minutos de jogo, Heleno, do Vila Nova, entrou duro e recebeu cartão amarelo. Mas a defesa paranista também não ficou atrás. Aos 33 minutos de jogo, todo sistema defensivo tricolor – Agenor, Daniel Marques, Pituca e Fabrício – já tinham tomado seus cartões amarelos.
O time da casa insistiu no jogo aéreo mas por poucas vezes conseguiu criar uma jogada de perigo. Por acaso, a única chance real de gol foi pelo chão, quando Alex Oliveira chutou na trave do gol de Mauro, aos 46 minutos. Já a equipe visitante explorou o contra-ataque e chegou algumas vezes sem muito risco à meta do bom goleiro Max. Até então o jogo tinha toda a pinta que iria acabar em um entediante 0 a 0.
No segundo tempo, no entanto, as duas equipes vieram decididas a buscar mais o jogo. O jogo passou a ficar mais movimentando, enquanto a torcida pedia pelo nome de Caíco, que entrou no lugar de Reinaldo, aos 23 minutos. Porém, a alteração que foi realmente decisiva na partida foi feita pelo técnico paranista, Paulo Comelli. Aos 23 minutos do segundo tempo, Pimpão entrou para mudar a história do jogo. Cerca de sete minutos depois, bem colocado na área, a bola sobrou nos pés do garoto, que tocou no canto esquerdo do goleiro para abrir o placar.
Mas ainda havia muita emoção guardada. Logo após o gol tricolor, o volante Pituca tocou a bola com a mão e juiz não titubeou em marcar a penalidade. Para cobrança, nada mais, nada menos, que o lendário e polêmico Túlio Maravilha, que até então havia feito muito pouco na partida. E continuou sem nada fazer. Mauro, muito seguro o jogo todo, pulou para a defesa e manteve o Paraná na frente. Por fim, aos 38 minutos do segundo tempo, Pimpão foi lançado e definiu o lance. O seu segundo gol definitivamente acabou com ânimo dos goianienses que, pouco a pouco, foram deixando o estádio, antes de mesmo do jogo acabar.