No Brasil, quem joga na armação, geralmente é considerado craque, o diferencial da equipe. E nos clubes paranaenses não é diferente. Do lado rubro-negro está Paulo Baier. Do alviverde, Marcelinho Paraíba.
Os dois são experientes e responsáveis por criar as principais jogadas dos respectivos times que defendem. Mas em um clássico, como Atletiba, tão importante quanto criar jogadas é saber como neutralizá-las. E o Furacão tem um especialista em anular craques.
Valencia tem se destacado neste Brasileirão por marcar sem trégua os destaques dos adversários. E nem mesmo as estrelas do campeonato escaparam. O colombiano anulou Diego Souza, do Palmeiras, no Palestra; Petkovic na Arena; D’Alessandro no Beira-Rio e assim por diante. O argentino, no entanto, foi descrito como o mais difícil de ser marcado.
No domingo, ele terá mais uma difícil função: não deixar Marcelinho Paraíba jogar. Porém, despista sobre qual missão desempenhará. “É o professor quem decide. Ainda não foi me passado nada”, diz.
Valencia sabe que está passando por um grande momento, tanto que tem despertado elogios da mídia do eixo Rio-São Paulo. “As coisas estão saindo bem e estou feliz pelo trabalho que estou fazendo. Agora é procurar fazer ainda melhor”, simplifica o volante que tem contrato com o Atlético até o final do próximo ano.
Clássico
Valencia é um dos jogadores mais experientes do Atlético quando o assunto é Atletiba. No clube desde 2007, ele disputou sete clássicos e perdeu apenas uma única vez (quadro).
Também foi na sua ausência, que o Coritiba conseguiu aplicar a goleada por 4 a 2, na fase final do Paranaense deste ano. Na ocasião, Marcelinho jogou solto e comandou o Coritiba.
Fato que não deve se repetir com a presença do colombiano em campo. O segredo para a marcação individual, diz Valencia, é “tratar de ficar perto sempre, porque os adversários são muito habilidosos e não se pode dar espaço.”
Sobre o momento do Coritiba, que está pressionado pelos últimos resultados, o volante comenta que isso não influencia no dia-a-dia ou na maneira de treinar do Atlético.
“Independente da situação, eles têm um bom time e clássico é um jogo diferente. Então eles estarem atrás (na tabela) não influencia porque na hora do jogo é tudo igual”.
Contudo admite que seria formidável vencer no Couto Pereira, casa do rival. “Seria bom fechar o ano conseguindo uma vitória lá. Sabemos que é muito complicado. Mas estamos trabalhando para isso”, finalizou.