O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta quarta-feira que não vê motivos para que a entidade máxima do futebol faça qualquer tipo de ressarcimento aos clubes europeus, que se sentem prejudicados pela recomendação do comitê interno da Fifa para que a Copa do Mundo de 2022 seja realizada entre novembro e dezembro, no inverno do Catar.

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“Não haverá compensação. Não estamos fazendo nada que destrua o futebol. Há sete anos para reorganizar o futebol em todo o mundo para esta Copa do Mundo”, argumentou Valcke, um dia depois da recomendação do comitê que estava a melhor data para o Mundial. Por conta do forte calor, o sindicato dos jogadores cobrou que a Copa não acontecesse no verão e foi atendida.

Agora são os clubes que não concordam com a data escolhida pela Fifa. Na terça, o representante dos principais times europeus, Karl-Heinz Rummenigge, pediu uma compensação ao prejuízo de paralisar as ligas do Velho Continente praticamente entre outubro e janeiro. “Definitivamente não sinto a necessidade de me desculpar. Por que deveria me desculpar com os clubes?”, questionou Valcke.

A Fifa também deve entrar em rota de colisão com os britânicos, por conta do Natal. A federação local tem um tradicional calendário de jogos nesta época do ano, mas a Fifa estuda que a final da Copa aconteça no dia 23 de dezembro, antevéspera do Natal.

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As datas da Copa do Mundo de 2022 serão confirmadas em uma reunião do comitê executivo da Fifa, entre os dias 19 e 20 de março, na sede da entidade, em Zurique. A única concessão que a Fifa estuda fazer é diminuir o calendário de jogos de 32 para 28 dias.

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