Com apenas três treinamentos em dez dias, o técnico Vagner Mancini tem usado os jogos como laboratório para acertar o Atlético. Não é à toa que em duas partidas no comando do Furacão – empates contra o Paysandu (0 x 0) e Corinthians (1 x 1) -, ele já tenha usado 18 jogadores e mexido em quase todos os setores da equipe em busca do time ideal.
Na corrida contra o tempo, o treinador admite que as informações passadas por integrantes da comissão técnica e da diretoria têm balizado seu trabalho. “De maneira simples, não posso ter a mesma visão em nove, dez dias, de quem já está aqui há mais tempo. Tenho que ir pelo lado da justiça, pelo que estou vendo nos treinamentos, e das informações que estão chegando até mim. Consegui dar dois treinos em Curitiba e um em Belém. Ainda estou analisando e conhecendo os atletas”, admitiu Mancini.
Do jogo contra o Paysandu para o contra o Corinthians, o técnico pomoveu seis mudanças no Rubro-Negro. Alguns jogadores têm aproveitado esse mexe-mexe na equipe para se reafirmar na equipe. Entre eles, estão o zagueiro Luiz Alberto e os atacantes Marcelo e Marcão. Por outro lado, nomes que com Ricardo Drubscki eram titularíssimos começam a balançar em suas posições. São os casos do volante João Paulo, do meio-campista Felipe e até do atacante Éderson – artilheiro da equipe no Brasileiro, com 4 gols.
Vagner Mancini busca as peças ideais para formatar o Atlético num 4-4-2, mas precisará que fazer os ajustes entre uma partida e outra, jogando durante o meio de semana e o final de semana. Isso porque, passada a 3.ª fase da Copa do Brasil, amanhã, o Campeonato Brasileiro terá rodadas de três em três dias. Será assim até o 15.º giro, no dia 18 de agosto. Até lá, Mancini tem duas alternativas: acertar o Furacão ou seguir o caminho de Drubscky, que ao contrário do atual treinador teve quase cinco meses só para treinar a equipe.
