Vágner Benazzi desiste da demissão e elogia diretoria

O técnico da Portuguesa, Vágner Benazzi, ameaçou entregar o cargo, mas a diretoria do clube fez o treinador desistir da idéia, após uma reunião, nessa quinta-feira (17). Após a conversa, nem dirigentes e nem Benazzi se pronunciaram.

O treinador, que foi vaiado pela torcida no jogo desta quarta-feira (16) contra o Náutico, seguiu para o gramado, onde comandou um treinamento visando a partida contra o lanterna Ipatinga, neste sábado, fora de casa.

De manhã, Benazzi parecia determinado a deixar o clube. Ele conversou com a comissão técnica e comentou que os protestos pareciam ser "armados". "Esses protestos são orquestrados pela oposição. São pessoas pagas. Eles querem brincar com coisa séria? Eu não vou ficar na linha de fogo. Não tem mais clima. Vou me desligar da Portuguesa", avisou o técnico, antes da reunião com os dirigentes.

Ele acredita que um pequeno grupo de "agitadores", que já tinha ido ao Canindé no treino de segunda influenciou outros torcedores durante o jogo. "Nossos jogadores são jovens e sentem este peso. Por isso, não renderam tão bem em campo. Mas eu perdôo a verdadeira torcida da Lusa porque todos querem ver o time vencendo. Nós, que estamos trabalhando, também".

O técnico fez questão de elogiar a diretoria, que o vem apoiando nesse processo de recuperação do clube. "A atual diretoria gosta da Portuguesa. Os salários estão em dia, mesmo com a folha salarial sendo de R$ 600 mil e com dívidas antigas de R$ 3 milhões. Eles estão pagando tudo e mostram amor ao clube. Eles recuperaram um clube falido", declarou.

Contratado no final de 2006, quando tirou a Lusa da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B, Benazzi levou o time ao acesso e título no Campeonato Paulista da Série A-2 de 2007 e ao acesso na Série B do mesmo ano.

"Em 21 anos como técnico, posso dizer que tenho um carinho especial pela Portuguesa. Aqui, mais do que nunca, faço as coisas com amor. Fiquei emocionado quando os jogadores vieram me abraçar ao final do jogo e me acompanharam até os vestiários. Eu tinha falado no intervalo – estava 2 a 0 – que iríamos virar. E deu certo".

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