Vaga conquistada em partida dramática na Vila Capanema

Ver um jogo do Paraná Clube é uma experiência única. O que aconteceu na noite de ontem, na Vila Capanema, foi quase inacreditável. Ficou no “quase” porque o Tricolor conseguiu eliminar o Mixto, após perder no tempo normal por 2×1.

A vitória veio nos pênaltis, graças ao goleiro Rodolfo, que defendeu uma cobrança e garantiu o triunfo por 4×2. Agora, o Paraná enfrenta o Fortaleza na segunda fase da competição, mas vai ter que administrar nova instabilidade, que não convenceu mais uma vez.

Se o público não compareceu tanto como esperado, pelo menos havia confiança (coisa que faltava nas últimas partidas em casa) e expectativa de bom rendimento, principalmente dos atacantes Wellington Silva e Peterson, que tinham desencantado na partida contra o Toledo, pelo Campeonato Paranaense. Do lado dos visitantes, faltava dinheiro, motivação e mesmo crença na classificação.

Mas toda a confiança tricolor parou em uma atuação burocrática no primeiro tempo. Errando muitos passes, jogando com extrema lentidão e sem variar os lances (o time só jogava pela direita), o Paraná dominava, mas não conseguia vencer com eficiência a retranca dos matogrossenses. Só Bruninho jogava com inteligência. Peterson chegou a acertar a trave após um cruzamento de Wellington Silva (da direita, claro), mas foi só.

Para completar o cenário preocupante, o Mixto fez 1×0. Aos 40 minutos, Tiago Tiziu deu um chapéu em Elton e tocou para Alex Sorocaba. Apesar de jogar contra três zagueiros, Alex teve tempo de dominar no peito e tocar na saída de Rodolfo. “Só tomamos gol de contra-ataque”, atirou Rodolfo.

“A gente dominou e a nossa zaga acabou falhando”, reclamou o volante Agenor. O que era desmotivação virou irritação. E o que era lentidão virou desespero – apesar de o resultado ainda classificar o Paraná.

Veio o segundo tempo. E rapidamente o Tricolor conseguiu a igualdade. Bruninho foi derrubado, o árbitro marcou pênalti e João Paulo cobrou com estilo. Tudo igual, mas na hora de comemorar o zagueiro bobeou e tirou a camisa – tinha cartão amarelo, levou outro e foi expulso. A vantagem do Mixto passava a ser de jogar com onze contra dez. Em resumo, o drama continuava.

Os visitantes resolveram se lançar com tudo ao ataque. Paulo Comelli respondeu com Gedeon, sacando Wellington Silva. A partida ficou aberta, com o Mixto tentando as ações ofensivas e o Tricolor passando a jogar nos contra-golpes.

Ficou uma espécie de “ataque contra defesa”, só que com a limitada equipe alvinegra dominando a partida. E do jeito que ia, só podia ter gol do Mixto – aos 35 minutos, Igor recebeu e chutou cruzado, sem chances para Rodolfo.

O jogo estava indo para os pênaltis. E eram os visitantes que chegavam com moral, pois fizeram um segundo tempo muito melhor, o Paraná sentia o resultado e a torcida estava indignada, para não falar outra coisa.

Expulso, João Paulo apelou para Rodolfo, pedindo para que ele defendesse as cobranças. Na decisão, Wando errou, mas Rodolfo defendeu a cobrança de Moura e deixou Éverton com a missão de fazer o gol e garantir a vaga. E, ufa, ele conseguiu. Num sufoco histórico, o Paraná passou de fase.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo