Selmir está confirmado no ataque,
mas o time ainda não está definido.

Com uma série de problemas para resolver, o técnico Osvaldo Alvarez, do Atlético, já definiu a palavra de ordem no CT do Caju até o clássico de amanhã contra o Coritiba: superação.

Prontamente atendido pelos jogadores, o treinador rubro-negro quer recriar entre os reservas o mesmo espírito que os titulares vinham demonstrando até aqui no campeonato brasileiro. Entre treinos secretos e dissimulações, se conseguir, Vadão poderá ter entre os sombras das estrelas a tão sonhada arma para derrubar o arquirrival no Couto Pereira.

“Quando dizem que o Atlético não tem responsabilidade me incomoda. Nós temos responsabilidade sim e isso tem que ser superado”, apontou.

O recado não é só para os jogadores. O técnico também aproveitou para passar um recado aos torcedores. “Nós não aceitamos essa história de que não temos responsabilidade. Os outros jogadores estão aí porque merecem estar aí. Eles não estão tendo um grande problema, eles estão tendo uma grande oportunidade, inclusive, para se consagrar”, destacou.

A maior preocupação do treinador, no entanto, é a falta de entrosamento daqueles que vão entrar em campo amanhã. “Esse é o fator que mais preocupa. Individualmente, não, porque todos os jogadores têm condição. Agora, o entrosamento me preocupa e é por isso que nós batalhamos a semana toda e pedimos aos jogadores essa superação”, revelou.

Na onda do professor, os bem aplicados alunos sabem de cor e salteado a tática para vencer o adversário. “Com certeza, é o clássico da superação. Tivemos a ausência de bons jogadores que foram para a seleção, mas também sabemos que os jogadores que estão aqui no elenco podem entrar e suprir a ausência deles”, concordou o atacante Selmir. Segundo ele, a semana foi decisiva para o grupo se concentrar e se entrosar para esse que é um dos mais importantes jogos do ano. “Vamos buscar essa concentração para que no jogo quem errar menos saia com o resultado positivo e espero que sejamos nós”, afirmou.

Time

Sem divulgar a escalação para o clássico e sem deixar, mais uma vez, a imprensa assistir aos trabalhos, Vadão declarou que ainda está em dúvida e vai pensar melhor quem irá a campo. Ontem, ele fez um treino “misto” de coletivo e tático. Foram muitas paradas para trabalhos específicos e jogadas ensaiadas, além das mudanças naturais de jogadores para testar a melhor formação. A tendência é de que o Atlético forme com Diego; Alessandro, Capone, Rogério Correia e Ivan; Leomar, Luciano Santos, Rodriguinho e Fabrício; Ricardinho e Selmir.

Esconde-esconde continua

Sem divulgar a escalação para o clássico e sem deixar, mais uma vez, a imprensa assistir aos trabalhos, Vadão declarou que ainda está em dúvidas e vai pensar melhor quem irá a campo. Ontem, ele fez um treino “misto” de coletivo e tático. Foram muitas paradas para trabalhos específicos e jogadas ensaiadas, além das mudanças naturais de jogadores para testar a melhor formação.

“Nós assistimos o videoteipe do Coritiba junto com os atletas e devagar nós vamos decidir, mas a escalação somente na hora do jogo”, disse à Tribuna. Para o treinador atleticano, nem o esquema está definido. “Nós fizemos algumas variações, tivemos que fazer algumas mudanças e temos que pensar com critério, com calma, para colocar a melhor equipe para enfrentar o Coritiba”, apontou.

Para ele, apesar da agitação em torno de um Atletiba, a semana até que está tranqüila. “Do lado do Coritiba eu acho que sim também porque eles venceram, nós também vencemos e, com mérito, a Ponte Preta. As duas equipes vêm de bons resultados e tudo está tranquilo”, destacou. Mesmo assim, ele garante que não está armando sua equipe com base no que o Coritiba vai levar ao campo. “Primeiro estamos tentando acertar a nossa equipe, depois vamos ver o que o adversário também tem.”

Com tudo isso, a tendência é de que o Atlético forme com Diego; Alessandro, Capone, Rogério Correia e Ivan; Leomar, Luciano Santos, Rodriguinho e Fabrício; Ricardinho e Selmir.

Alessandro e torcida fazem pacto de paz

O clássico de amanhã deverá marcar a reconciliação definitiva entre a torcida organizada Os Fanáticos e o lateral-direito Alessandro. Após as duas partes (e também outros jogadores) terem se estranhando em Florianópolis, na derrota do Atlético para o Figueirense, no campeonato brasileiro do ano passado, o cachimbo da paz está prestes a ser fumado novamente. Seria uma força a mais para o Rubro-Negro, que entrará em campo sem quatro de seus principais jogadores e precisa mais do que nunca do apoio dos torcedores para superar o arqui-rival.

O elo entre Fanáticos e Alessandro está sendo o técnico Osvaldo Alvarez. O treinador atleticano tem se reunido com segmentos organizados da torcida e ouviu a reclamação sobre o comportamento do lateral atleticano. Apesar de Alessandro já ter pedido desculpas publicamente ainda havia algum resquício de ressentimento entre os torcedores que o comandante do Furacão quer ajudar a acabar de uma vez por todas.

“Eu sei que errei, mas quando você erra tem que admitir e consertar o que errou. Para mim foi um aprendizado”, disse à Tribuna o jogador atleticano. Para ele, todo o episódio (a torcida gritou palavras de ordem contra a permanência dele e Alessandro devolveu a provocação com gestos obscenos) já foi superado. “A torcida sempre me apoiou. Eu peço desculpas mais uma vez. Foi um momento de nervosismo”, revelou.

Apesar das palavras do lateral, o vice-presidente da organizada, Juliano Suke, mantém um pé atrás. “Por enquanto eu não gostaria de falar sobre o assunto”, pediu. Ele nem quis comentar se eles irão gritar o nome do atleticano antes da partida. “Só vai saber quem estiver lá”, desconversou. Mesmo assim, Alessandro já se prontificou até a ajudar os torcedores atleticanos. “Vou ajudar de coração, por mim mesmo e não fazendo para pedir algo em troca, nem para que eles parem de me xingar”, disse.

Ele não quis entrar em detalhes a respeito de qual tipo de ajuda, mas alguns jogadores do clube e até a comissão técnica podem apoiar financeiramente a organizada ou indicar patrocinadores para os projetos da Fanáticos. Acostumada a acompanharem o Atlético pelo Brasil a fora, a organizada vem diminuindo o ritmo e deixando de viajar devido aos alto custos do transporte. Como vive apenas de recursos próprios, ver a Fanáticos fora da Arena está cada vez mais difícil. Após a saída de Geninho (que também contribuía), Vadão é o primeiro treinador atleticano a se reaproximar dos torcedores.

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