Vadão muda quatro titulares no Atlético

Quando finalmente ?achou? um time ideal, Vadão se viu impedido de usar peças-chave no esquema do Atlético.

Para que as quatro alterações tragam o menor impacto possível, o técnico atleticano vai escalar ?clones? dos titulares na partida contra o Santos, amanhã, às 22h, na Baixada.

Contra Ponte Preta e Fluminense, Vadão repetiu a mesma escalação, largando o 3-5-2 e lançando um terceiro volante (Cristian), além de fixar a dupla de ataque com Dênis Marques e Marcos Aurélio. O esquema deu certo e o time venceu duas partidas seguidas pela primeira vez no Brasileirão. Os cartões, porém, mutilaram a equipe para encarar o Peixe – o goleiro Cléber, o volante Alan Bahia e o meia Ferreira receberam o terceiro amarelo e o volante Marcelo Silva foi expulso contra o Flu.

Os substitutos foram definidos em treino coletivo realizado ontem, no CT do Caju. No gol, a escolha já esperada é o veteraníssimo Navarro Montoya, que vai estrear com a camisa rubro-negra. Apesar dos 40 anos, ?El Mono? (Macaco) defendeu publicamente sua convocação para integrar a seleção argentina na Copa da Alemanha e diz que veio para ser titular.

Para as ausências no meio-de-campo, Vadão procurou substitutos com caraterísticas semelhantes às dos titulares. Especialista em marcação, Erandir ocupa a vaga de Alan Bahia. Jogador mais técnico e com senso de cobertura, André Rocha faz a função de cabeça-de-área ou terceiro zagueiro, como vinha atuando Marcelo Silva. Articulador como Ferreira, Fabrício volta a ser titular da equipe.

Perto do fim?

O atacante Dagoberto foi absolvido pela expulsão no jogo contra o Grêmio, em Caxias do Sul. O árbitro Wagner Tardelli colocou na súmula que o atleta contestou com veemência a marcação de faltas para o time gaúcho. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva, porém, entendeu que a reclamação não merecia mais do que a partida já cumprida de suspensão.

De qualquer forma, o atacante está afastado até a solução do impasse judicial com o Atlético.

Os representantes do jogador esperam que a 8.ª Vara do Trabalho de Curitiba reforme nesta semana a decisão que prorrogou de forma provisória o contrato dele. Neste caso, a multa pela rescisão cairia para R$ 5,46 milhões, ou 20% do valor original.

São Paulo, Santos e Internacional disputam o atacante, mas nem cogitam pagar os R$ 16 milhões que, hoje, Dagoberto vale legalmente. Uma cifra intermediária entre estes dois patamares provavelmente tiraria o jogador da Baixada.

O São Paulo, que tem a preferência do atacante, tenta barganhar. O Inter, além de buscar reforços para o Mundial da Fifa, criou certa rusga com os são-paulinos pela frustrada negociação do zagueiro Miranda, ex-Coritiba, que trocou o Beira-Rio pelo Morumbi. O Santos tem cacife financeiro e a intermediação direta do técnico Vanderlei Luxemburgo.

O próprio Atlético delegou a tarefa de negociar Dagoberto aos procuradores do atleta. Embora negue, o clube tomou conhecimento de algumas sondagens, mas até agora não recebeu proposta oficial pelo jogador. Os interessados preferem manter a discrição e esperar o resultado da disputa judicial para então partir ao ataque direto.

Por outro lado, o Atlético também sofre pela aproximação do fim da janela da Fifa para transferências internacionais. Até quinta-feira, dia 31, o clube sonha em topar com algum comprador disposto a desembolsar US$ 25 milhões (R$ 53,5 milhões) pelo atacante – valor previsto especialmente para transações internacionais. As perspectivas são próximas de zero.

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