Usain Bolt deu adeus às pistas de atletismo. Um adeus definitivo, fez questão de frisar. Neste domingo, no estádio Olímpico de Londres, durante as provas do último dia de competição do Mundial, o velocista jamaicano deu uma volta olímpica, caminhando em baixa velocidade, e foi ovacionado pelo público.

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Aplaudido de pé pelos presentes nas arquibancadas, o homem mais rápido do mundo foi homenageado com um pedaço da pista de número 7, raia em que correu os 100 e os 200 metros, no mesmo estádio, durante os Jogos Olímpicos de 2012.

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Usain Bolt se emocionou, tentou retribuir os aplausos e abraçou carinhosamente uma criança que furou o esquema de segurança e invadiu a pista. Também abraçou os pais ao som do conterrâneo Bob Marley e se ajoelhou quando atingiu a linha de chegada, fazendo o sinal do raio.

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“Eu provei que com trabalho duro tudo é possível. Só penso em trabalhar, não penso em limites. Minha vida toda foi o atletismo, faço isso desde os 10 anos, só sei fazer isso. Para mim, poder relaxar e curtir um pouquinho é animador. Vou ser livre agora”, brincou o jamaicano.

Usain Bolt pretende continuar trabalhando para o aperfeiçoamento e difusão do atletismo pelo mundo, mas foi categórico ao afirmar que a sua retirada das pistas é definitiva. “Ainda não sei o que vou fazer. Meu agente está falando com pessoas e estamos vendo de que maneira vou poder ajudar o esporte. O atletismo me deu tudo, então para mim é importante. Se eu vou voltar a correr? Não. Vi muitos esportistas se aposentarem e depois decidirem voltar, mas eu não serei uma dessas pessoas”, concluiu.

No dia da despedida de Usain Bolt, Trinidad e Tobago conquistou a medalha de ouro no revezamento 4×400 metros masculino, os Estados Unidos ficaram com a prata e os britânicos com o bronze. Já no revezamento feminino dos 4×400 metros, os Estados Unidos levaram o ouro, com a prata para o Reino Unido e o bronze ficou com a Polônia.

Nos 1.500 metros masculino, dobradinha do Quênia: Elijah Motonei conquistou o ouro, Timothy Cheruiyot levou a prata e Filip Ingebrigtsen, na Noruega, conquistou o bronze.

No lançamento de disco, mesmo errando as duas últimas tentativas, a croata Sandra Perkovic ficou com o ouro. Ela fez duas vezes 70,31 metros, a melhor marca da final. A brasileira Andressa de Morais ficou na 11.ª colocação.

Nos 800 metros feminino, a medalha de ouro foi conquistada pela sul-africana Caster Semenya com o tempo de 1min55s17 e uma arrancada forte nos últimos 200 metros.

Nos 5.000 metros feminino, a queniana Hellen Obiri arrancou nos últimos 500 metros e garantiu o ouro com o tempo de 14min34s86. A etíope Ayana Almaz terminou em segundo (14min40s35). O bronze foi para holandesa Sifan Hassan (14min42s73).