O jamaicano Usain Bolt é, pela terceira vez em sua carreira, o homem do ano no atletismo. Neste sábado, o velocista foi coroado com o prêmio de atleta do ano pela Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo), que está reunida em Mônaco para seu congresso anual e para premiar os destaques de 2011 em uma cerimônia de gala. Entre as mulheres, a escolhida foi a australiana Sally Pearson, campeã mundial dos 100 metros com barreiras.
Bolt, que já havia sido o atleta do ano em 2008 e 2009, voltou a faturar a honraria apesar de não ter tido um ano de 2011 perfeito. O jamaicano foi desclassificado da final dos 100 metros no Mundial de Daegu, na Coreia, depois de queimar a largada. Na premiação deste sábado, ele superou o também jamaicano Johan Blake, que aproveitou a ausência de Bolt para se sagrar campeão mundial nos 100 metros. Ambos levaram a Jamaica ao ouro no revezamento 4×100 metros, enquanto Bolt venceu até com certa facilidade os 200 metros.
Também disputava o título de atleta do ano pela Iaaf o queniano David Rudisha, campeão mundial dos 800 metros e vencedor do prêmio em 2010. Na ocasião, ele aproveitou-se da ausência de Bolt, que pouco competiu naquela temporada.
“Tive algumas provas apertadas nesta temporada e eu realmente precisei dar duro para vencer. Então este prêmio significa muito para mim. Todo trabalho duro que eu fiz foi recompensado”, comemorou Bolt, que fecha o ano com o melhor tempo dos 100 metros.
Entre as mulheres, o prêmio de atleta do ano foi para Sally Pearson, que venceu dez das 11 provas em que competiu na temporada, fazendo sete dos 11 melhores tempos do ano nos 100 metros com barreiras. Seu recorde pessoal – 12s28 – deu a ela o título mundial em Daegu e a quarta melhor marca da história na prova, a melhor nas últimas duas décadas.
“Ser capaz de ganhar este prêmio para o meu país e para minha região, a Oceania, significa muito e tomara que inspire jovens atletas para seguirem no atletismo”, comemorou a australiana, para quem o prêmio conquistado neste sábado foi uma surpresa. Além do troféu, ela, assim como Bolt, levou para casa um cheque de 100 mil dólares.
PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO – Derrotados no prêmio de atleta do ano, Yohan Blake e Vivian Cheruiyot não deixarão Mônaco de mãos abananando. Ambos ganharam o prêmio de melhor performance do ano. O jamaicano, pela vitória nos 200 metros na etapa de Bruxelas da Diamond League, com o tempo de 19s26, o segundo melhor da história. Já a queniana foi premiada por ter sido campeã duas vezes em Daegu, nos 5.000 e nos 10.000 metros. Em 2011, ela ainda se tornou campeã mundial de cross country.