US$ 15 milhões separam Diego do futebol do Porto

Santos – Diego não está tão perto de ser contratado pelo Porto, de Portugal, como parecia. Ao contrário: é de R$ 15 milhões a diferença entre a última proposta do clube português – US$ 7,5 milhões – e o que o Santos exige para liberar os direitos do meia -10 milhões de euros.

E mais: ao contrário do que garantiu nos últimos dias parte da imprensa de Portugal, o gerente financeiro do Porto S/A, Fernando Gomes, não viajou para o Brasil. As informações foram dadas pelo vice-presidente do Santos, Norberto Moreira da Silva, ontem à tarde, em entrevista à Tritv, emissora fechada de televisão do Grupo A Tribuna, esclarecendo alguns pontos que estavam sendo mantidos em sigilo pelas partes.

“O Santos está esperando o Porto se pronunciar e caso as negociações não sejam concluídas, vamos renovar o contrato de Diego, quando ele retornar da seleção brasileira”, afirmou o dirigente. Ele também disse que o presidente Marcelo Teixeira, que está em férias na Universidade Santa Cecília, não se encontra na Baixada Santista e pediu para que o Porto não enviasse nenhum representante a Santos na quarta-feira, em razão do jogo com a Ponte Preta, e hoje. Até hoje à noite, não havia nenhuma reunião agendada e nem o clube português passou o fax exigido pelos santistas, nomeando um representante oficial para reabrir as negociações.

Também o pai e procurador de Diego, Djair Cunha, que nem chegou a viajar de Ribeirão Preto, onde mora, para Santos, admitiu que o principal negociador do Porto, Fernando Gomes, não veio ao Brasil, mas insistiu que já acertou o quanto vai receber pelos 50% dos direitos federativos do atleta que lhe pertencem. “Estou esperando o que vai acontecer entre Santos e o Porto” , disse Cunha. Ontem, ele disse que não vai falar mais nada, sem conseguir disfarçar o seu descontentamento com a lentidão das negociações entre Santos e Porto.

A reunião que o presidente Teixeira teve na Universidade Santa Cecília, segunda-feira, foi com o agente Antônio Araújo, que apresentou a nova proposta do Porto, de US$ 7,5 milhões. Ele ficou encarregado de transmitir ao clube português a contraproposta santista, de 10 milhões de euros, e as orientações para que as negociações sejam reabertas oficialmente.

Até agora, Djair não se conformou com a recusa do Santos em negociar Diego por US$ 12 milhões com o Tottenhan, da Inglaterra, em maio do ano passado, e, na oportunidade, só aceitou prorrogar o contrato do jogador por seis meses (terminaria em dezembro) porque recebeu em troca mais 10% dos direitos federativos do atleta. Agora Djair e o Santos dividem, em partes iguais, os direitos federativos de Diego.

Djair só não partiu para o rompimento com o Santos naquele momento porque ficou com receio de que o seu filho poderia ser prejudicado na seleção brasileira. Agora, a situação é outra. Como Diego já voltou a ser convocado, mesmo após a sua apagada passagem pela seleção pré-olímpica, já decidiu que não aceitará nenhuma proposta do Santos para renovação do contrato, que vai terminar em junho de 2005. Em dezembro, dentro do previsto na legislação esportiva, Diego assinará um pré-contrato com algum clube da Europa, para se apresentar seis meses depois, quando termina o seu contrato. Se isso acontecer, o Santos não vai receber nada.

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