A Universidad de Michigan concordou nesta quarta-feira em pagar o total de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,840 bilhão) a 332 mulheres que foram agredidas sexualmente pelo médico esportivo Larry Nassar, no pior caso de abuso desta natureza da história do esporte.

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As campeãs olímpicas de ginástica Jordyn Wieber, Aly Raisman, Gabby Douglas e McKayla Maroney estão entre as vítimas de Nassar. O acordo supera em mais de US$ 100 milhões o valor pago pela Universidade de Penn State a 35 pessoas que foram vítimas de abusos do treinador assistente de futebol americano Jerry Sanduski.

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“Nos desculpamos realmente com todas as vítimas e suas famílias pelo que sofreram e admiramos a coragem que tiveram em contar suas histórias”, disse Brian Breslin, presidente da junta de diretores da universidade. “Reconhecemos a necessidade de realizar mudanças em nosso campus e nossa comunidade em relação com a consciência sobre agressão sexual e prevenção, complementou.

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A universidade e os advogados das 332 vítimas anunciaram o acordo depois de negociar privadamente com a ajuda de um mediador. Do que foi acordado, US$ 425 milhões serão pagos para atender as demandas atuais e outros US$ 75 milhões serão reservados para futuras demandas.

O estado de Michigan foi acusado de ignorar e minimizar as denúncias sobre Nassar. Algumas das denúncias aconteceram nos anos 90. A Universidade, no entanto, afirma que nunca tentou encobrir os incidentes.

Larry Nassar, de 54 anos, foi condenado à prisão perpétua por ter abusado de pelo menos 200 mulheres, a maioria adolescentes, durante os 20 anos em que trabalhou com medicina esportiva, seja com a seleção de ginástica norte-americana ou na Universidade do Estado de Michigan. O caso gerou repercussão mundial, derrubou dirigentes de entidades e promoveu mudanças de impacto no esporte.