O Unilever precisou do tie break na noite de sábado para conquistar a classificação para a final da Superliga feminina de vôlei. Jogando em casa, a equipe carioca derrotou o Blausiegel/São Caetano por 3 sets 2, com parciais de 25/16, 20/25, 25/14, 25/27 e 15/8, no terceiro e último jogo da série melhor-de-três da semifinal.

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Com a vitória, o Unilever encerrou o confronto de virada, depois de sair em desvantagem no primeiro jogo. O São Caetano abriu o duelo com uma vitória por 3 a 0, mas não aguentou o ritmo das rivais e caiu nas duas partidas seguintes.

O Unilever buscará o sétimo título da Superliga em sua nona final no próximo domingo, dia 18, diante do Sollys/Osasco, em partida única, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O Osasco venceu o Pinheiros/Mackenzie nos dois primeiros jogos da série e dispensou a terceira partida.

O terceiro confronto entre Unilever e São Caetano foi marcado pelo equilíbrio. Diante de 3 mil pessoas, no Ginásio da Tijuca, as duas equipes se revezaram no placar, com destaque para Joycinha, maior pontuadora do jogo, com 27 acertos para as cariocas. Sheilla brilhou pelo São Caetano, com 26 pontos.

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O público presente no ginásio também contribuiu com donativos para as vítimas das enchentes no Rio de Janeiro. “Foi um espetáculo maravilhoso”, elogiou o técnico Bernardinho. “Ganhamos dois sets com facilidade e também o tie break. Acho que a tensão marcou os outros dois sets. Mas saímos de situações de dificuldade e mostramos força. Tivemos momentos de grande vôlei”, avaliou. “Agora é pensar na final. É uma partida só, é preparar o time para domingo”.

Líder do Unilever em quadra, Joycinha atribuiu a boa atuação ao entrosamento com as companheiras. “A equipe me sustentou. Meus pontos foram mérito do grupo, firme na cobertura”, afirmou. Érika, por sua vez, agradeceu o apoio da torcida. “Agradecemos de coração pelo que vimos aqui. Eles é que são guerreiros”.

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Pelo lado do São Caetano, o técnico Mauro Grasso reconheceu a superioridade do Unilever. “Realmente sofremos com o volume de jogo da Unilever a constância que a equipe delas apresentou. Mas essa é a característica marcante desse time. É um elenco que se conhece muito bem e a Fabizinha tem momentos que parece ter oito braços, defende tudo. Fico satisfeito que foi uma partida disputada”, analisou.

Já a ponteira Mari saiu de quadra decepcionada com a atuação do São Caetano no final e com as críticas da torcida. “Nosso time, infelizmente, parou. No quinto set, o Unilever abriu e ficou difícil recuperar a vantagem. Sabíamos que seria um jogo equilibrado, mas não esperava tanto equilíbrio”, declarou.

No terceiro set, a torcida local passou a pedir às jogadoras do Unilever que sacassem em cima de Mari, o que irritou a atleta do São Caetano. Ela chegou a dar uma “banana” para os torcedores e acabou sendo repreendida pela arbitragem.

“Eu não tenho sangue de barata. Isso é perseguição. Nunca fiz nada para essa torcida. Até penso em jogar aqui um dia. Hoje dou nota zero para a torcida da Unilever”, criticou.