Brian Cookson foi eleito nesta sexta-feira o novo presidente da União Ciclística Internacional (UCI) ao vencer a disputa que travou com Pat McQuaid, que vinha ocupando o cargo e tentava se reeleger. O britânico levou a melhor no pleito da entidade que rege o ciclismo mundial na esteira do escândalo de doping relativamente recente envolvendo o norte-americano Lance Armstrong.
Cookson, que preside a British Cycling, organismo que controla o ciclismo britânico, venceu McQuaid por 24 votos a 18 em uma eleição secreta ocorrida nesta sexta.
A reeleição de McQuaid para o cargo passou a ficar em xeque após as federações de seu país, a Irlanda, e da Suíça, onde ele mora, terem desistido de apoiá-lo nesta disputa na UCI.
Novo presidente da entidade, Cookson se comprometeu a criar imediatamente uma comissão antidoping independente e disse que uma de suas primeiras ações como novo líder do organismo será estreitar a relação da UCI com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).
Cookson também quer criar uma comissão de “verdade e reconciliação” para vasculhar o passado de doping do ciclismo e consequentemente lutar por um esporte mais limpo no presente. Lance Armstrong se tornou o exemplo maior de prática ilegal na modalidade e na própria história do esporte ao confessar o uso de diferentes tipos de doping em sua carreira. Com isso, ele teve cassado os seus sete títulos da Volta da França, perdeu uma medalha olímpica e ainda foi banido do esporte.