Uma aventura no Chile

Valle Nevado é um paraíso localizado no coração da Cordilheira dos Andes, distante apenas 60 quilômetros de Santiago e a 3.025 metros de altitude.

A subida até a estação é uma aventura à parte e inesquecível. Valle Nevado é interligado aos centros de El Colorado e La Parva e tem um total de 107 quilômetros de pista. São 9 mil hectares de área e 37 quilômetros de pistas, divididas para principiantes (25%), intermediários (40%) e avançados e experientes (35%). Valle tem 29 pistas equipadas com teleféricos -todas divididas por níveis de dificuldade, para satisfazer iniciantes e esquiadores profissionais. As crianças principiantes também têm espaço exclusivo para desfrutar das diversas modalidades.

Quem nunca deslizou sobre a neve, não precisa se preocupar. Os instrutores de esqui e snowboard dão todas as dicas de como praticar o esporte de forma tranqüila e segura. A estação tem uma equipe com mais de 50 especialistas vindos de várias partes do mundo. Basta ter coragem e não se incomodar com as inevitáveis quedas durante o aprendizado. Os preços mudam de acordo com a temporada. As aulas de esqui em grupo para iniciantes, com duração de três horas, por exemplo, custam em torno de US$ 60 – cerca de 170 reais – dia da semana. Já no caso do snowboard, sobe para US$ 80. Os pacotes incluem, no primeiro dia de aula, todo o equipamento necessário, como esqui ou prancha de snowboard, bastões e botas.

Já no segundo dia, o equipamento deverá ser alugado à parte: sai em torno de US$ 30 por dia – 80 reais. Quem quiser ficar com tudo durante uma semana terá de desembolsar US$ 200.

Valle Nevado possui um dos mais modernos ski lift – teleférico – do mundo e o primeiro do Chile, o Andes Express, inaugurado na temporada de inverno 2001. De alta velocidade e com capacidade para quatro esquiadores, o ski lift representa uma boa economia de tempo para quem quer chegar o mais rápido possível ao cume da montanha. A sensação de quem chega ao alto e de arrepiar. Lá de cima dá para observar as geleiras de outro ângulo. Uma experiência única. Para os mais ousados e experientes, a opção é o heli-ski – o transporte de helicóptero para as montanhas de mais difícil acesso. (AP)

A boa forma nos Andes

Uma das principais novidades em Valle Nevado nesta temporada é a abertura do fitness center, uma academia com modernas salas de musculação e aeróbica, duas saunas (masculina e feminina) e mais quatro salas para massagens e terapias alternativas. Um lugar onde todos podem fazer um pré-aquecimento no início do dia e porque não, um relaxamento ao final da tarde. Faz parte de uma parceria entre a Academia Reebok, uma das principais de São Paulo e Valle Nevado. Durante toda a temporada de férias, monitores desenvolvem um trabalho de treinamento físico. O fitness center funciona todos os dias, das 9 às 21h. E uma excelente opção para manter a forma e perder os quilinhos extras adquiridos no centro de esqui, que oferece uma variedade de pratos internacionais da mais alta qualidade.

(Andréa Pereira foi convidada pela ABSS – Associação Brasileira de Ski e Snowboard, viajou pela LanChile e em São Paulo ficou hospedada no Blue Tree Tower)

Brasil, o número 1

“O Brasil é o principal cliente de Valle Nevado”, diz Jimmy Ackerson, gerente geral da estação. Segundo ele, as crianças aprendem mais fácil a dominar o esporte. O diretor da escola de ski, Jesus Puente, alerta para os perigos da altitude. “É preciso beber muita água, não exagerar na roupa, cuidar com o sol na neve, usar protetor solar e óculos escuros. Jesus explica que para esquiar é importante ter pernas fortes, equilíbrio”. “O brasileiro adora esquiar. “Tem gente que vem para cá só passar o fim de semana”, conta. (AP)

Brasileiro louco por ski

Alfredo Parodi é presidente do Clube Paranaense de Ski e sempre que pode vai até Valle Nevado praticar o ski, o seu esporte predileto. Começou a esquiar na água aos 17 anos, depois tentou na neve e adorou. Foi paixão a primeira vista, conta ele. Com o passar dos anos, o paranaense de 41 anos, foi aprimorando a técnica através de cursos. Morou na Suíça e nas horas vagas praticava o ski. Com o tempo se tornou professor do esporte e trabalhou em escolas da Suíça e França. O caminho para as competições não demorou a acontecer e logo ele se tornou um atleta, chegando a vencer um campeonato amador na Suíça e três vezes o brasileiro de ski.

Hoje Parodi faz do ski um hobby. Em 1986 acompanhou a fundação da Associação e do Clube Paranaense de Ski. “O Brasil esta preparado para mandar qualquer pessoa para participar das Olimpíadas de Inverno e do Mundial, pois temos atletas excelentes”. (AP)

Campeonato Brasileiro

Este mês o turista brasileiro vai poder acompanhar de perto alguns dos melhores atletas do mundo em snowboard, modalidade olímpica de inverno. A Nokia Snowboard FIS Continental Cup, competição que corresponde ao circuito sul-americano da modalidade, realiza quatro etapas entre julho e setembro, três no Chile – duas em Valle Nevado e uma em Pucón -, e uma na Argentina, em Chapelco. Entre os dias 28 deste mês e 05 de agosto acontece em Valle Nevado a etapa de abertura da Nokia e o Campeonato Brasileiro, que chega a sua oitava edição, abre essa programação com disputas entre os dias 29 de julho e 4 de agosto, na bela e charmosa estação. Durante esse período, serão feitos dois eventos distintos, a fase internacional, somente para atletas com pontos na Federação Internacional de Ski e Snowboard (FIS), e o Aberto Brasileiro, para competidores nacionais de várias idades.

A programação do evento prevê provas de Boarder Cross, Slalom Paralelo Gigante e Half Pipe, todas modalidades olímpicas, para os atletas com pontos no ranking, entre 29 e 31 de julho, e brasileiros das faixas etárias, ou provas Abertas, dias 31/07, 2 e 3 de agosto. Os melhores riders do país estarão participando do evento, com destaque para Isabel Clark, do Rio de Janeiro, e os paulistas Riccardo Moruzzi, André Cywinski, Felipe Motta e José Barbosa Jr., entre outros. Isabel venceu as três modalidades em 2001 do Campeonato Brasileiro e o Slalom Paralelo Gigante, a qual ganhou no geral e garantiu seu primeiro título na Continental Cup. No masculino, Felipe Motta, no Half Pipe, e Riccardo Moruzzi, no Boarder Cross e Slalom Paralelo Gigante, ficaram com os títulos nacionais.

“De uma média de 100 pessoas por semana subimos para 300 durante os campeonatos. Sem dúvida, as disputas de esqui e snowboard agregam muito”, explica Sylvio Monti, da Snowtime, pioneiro em pacotes para os campeonatos e vice-presidente da ABSS – Associação Brasileira de Ski e Snowboard. (AP)

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