Um time e tanto no rali Mitsubishi

A passagem dos ralis da Mitsubishi por Curitiba marcou mais um desafio para a equipe dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná. Depois de estrear nas competições of-road no ano passado, ficando entre os 50 primeiros colocados da categoria Turismo Light do Motorsports, nossa equipe quis ir um pouco mais além e inscreveu-se na categoria Outdoor, um ?rali-gincana? em que além de cumprir as rotas e os tempos determinados pela direção de prova, os participantes tinham que passar por diversas provas de aventura e culturais durante o percurso.

Duas caminhonetes L-200, um mapa e cinco horas para passar por quantos postos de controle (PCs) conseguisse essa era a tarefa dos oito integrantes da equipe GPP na fria manhã de sábado. Sem nenhuma noção de que tipos de prova esperavam por nós, fomos orientados apenas a levar bicicleta, capacete, lanterna e colete salva-vidas. E assim, às 8h28 da manhã, partimos para a aventura.

Uma equipe heterogênia, representada por praticamente todos os setores da redação do jornal: repórteres, editores, diagramadores, gerente de tecnologia e até nosso diretor de redação. O primeiro contato com o mapa foi um susto para toda a equipe. ?Caramba, vamos nos perder!?, foi a reação imediata. No entanto, depois de uma olhada mais calma e atenta às coordenadas, conseguimos traçar uma rota. Colombo, Campina Grande do Sul e Bocaiuva do Sul, no maior número de estradas de terra possível:  este era o nosso itinerário.

E assim partimos, meio sem certeza se estávamos no caminho certo. O alívio chegou quando encontramos o primeiro PC, ?pelo menos não estamos perdidos?, pensamos. Com ele, veio a primeira prova: alimentar um avestruz, mas era um determinado avestruz, no meio de vários exemplares da espécie, e ele ainda tinha que engolir um pepino inteiro, sem deixar cair. Tarefa cumprida e os primeiros pontos anotados para nossa equipe. Com a confiança em alta, partimos para uma seqüência de provas inusitadas: atravessar gruta no escuro, trilha de mountain bike, arvorismo, atravessar rio a pé e com os carros, jogar mora com os imigrantes italianos e até dançar uma tarantela (com um casal formado por dois homens com mais de 1,90m), tudo para somar o maior número de pontos. Só não tivemos tempo e, muito menos, coragem para cumprir a prova ?Pingüim?, um bóia-cross a uma temperatura de menos de 10ºC.

Erramos alguns caminhos, mas não nos perdemos, cumprimos mais da metade das provas programadas (não havia tempo hábil para se fazer tudo e uma boa estratégia, escolhendo algumas tarefas e deixando outras de lado, era fundamental) e chegamos ao Parque Barigüi (local do encerramento da competição) com a esperança de um bom resultado. Ficar entre os 10 primeiros era nossa ambição. Contudo, a pressa e a desatenção acabaram com nossas chances: fomos penalizados em 500 pontos por excesso de velocidade em um trecho final da prova e despencamos da 8.ª, para a 17.ª colocação.

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