Um show de gols no empate da Baixada

Numa noite de muito frio, Atlético e Ricardinho, ou melhor, Santos fizeram uma grande partida e empataram por 3 a 3, ontem, na Arena da Baixada. Com o resultado, o Rubro-Negro continua estacionado na 15.ª colocação do Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso do Furacão é o Corinthians, domingo, em São Paulo. À tarde, o elenco volta a trabalhar no CT do Caju.

Estava frio e era apenas o primeiro dia do feriadão prolongado, mas a torcida atleticana manteve a média de audiência na Baixada para prestigiar o Atlético. Não era para menos. Era o bicampeão mundial e brasileiro e um dos mais novos rivais do Rubro-Negro. Era a estréia de Kléber e o Peixe ainda tinha os badalados Giovanni e Ricardinho. Tudo para um grande espetáculo e mesmo com vários desfalques, quem começou dando a bola foi o time da casa. E que bola.

Com menos de dois minutos, Jancarlos fez uma excelente cobrança de falta da linha de fundo, pela esquerda. Uma jogada de inteligência. Enquanto Saulo esperava um cruzamento, o lateral do Furacão mandou a bola no ângulo. Foi o suficiente para quebrar o gelo do estádio, com seus 11ºC graus ambientes. Tanto que Ferreira e Finazzi tiveram grandes chances de ampliar e Saulo salvou.

Do outro lado, Geílson tentava, mas só conseguiu chutar bolas que passaram perto. Até que Douglas derrubou Giovanni na frente da área. Aí entrou o meia da seleção em cena. Ricardinho colocou com perfeição uma bola que ainda bateu no travessão antes de entrar, sem chances para Diego. Com o jogo empatado, Antônio Lopes aproveitou um atendimento médico a Finazzi para tirá-lo e colocar Schumaker, uma aposta para a segunda etapa.

E a aposta se confirmou boa. Pelo menos ele foi oportunista na hora de empatar a partida já que Ricardinho voltou a mostrar sua categoria. Após uma excelente tabela com Kléber, o ex-paranista mandou a bola no canto. Mesmo assim, o Rubro-Negro continuou indo para cima e descolou o empate. Com méritos para o lateral-esquerdo Marcão, que mostrou muita raça para passar pela zaga, ir à linha de fundo e cruzar para o ?alemão? desviar de Saulo e mandar a bola na rede.

A Arena passou a tremer e o empate parecia que seria a deixa para a vitória. Ledo engano. Quem tem Ricardinho, não o do Furacão -que entrou e acrescentou pouco, sempre tem chance de marcar. E, novamente, numa falta ele mostrou toda sua categoria. Os jogadores rubro-negros reclamaram mais uma vez da falta, mas o meia do Santos mandou um canudo no ângulo.

Poderia ter sido a ducha de água fria, mas Ferreira foi esperto e sofreu um pênalti. Derrubado por Rogério, ele mesmo cobrou e deixou tudo igual. Menos mal. Com o empate, o time da Baixada manteve a 15.ª colocação.

CAMPEONATO BRASILEIRO
24.ª Rodada
Local: Arena da Baixada
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ)
Assistentes: Beival do Nascimento Souza (RJ) e João Luiz Ribeiro Magalhães (RJ)
Gol: Jancarlos aos 2 e Ricardinho (SAN) aos 36 do 1.o tempo; Ricardinho (SAN) aos 13 e 36, Schumaker aos 24 e Ferreira aos 40 do 2.o tempo
Cartão amarelo: Bóvio, Rogério, Marcus Winícius, Jancarlos, Marcão, Gavião, Zé Elias, Douglas
Renda líquida: R$ 104.397,22
Público pagante: 13.134
Público total: 14.806

Atlético 3 x 3 Santos

Atlético
Diego; Jancarlos, Danilo, Paulo André e Marcão; Douglas, Marcus Winícius, Caetano (Ricardinho) e Ferreira; Dênis Marques (Thiago Almeida) e Finazzi (Schumaker). Técnico: Antônio Lopes

Santos
Saulo; Paulo César, Rogério, Luís Aberto e Kléber; Zé Elias, Gavião (Léo Lima), Bóvio e Ricardinho; Giovanni (Wendel) e Geílson (Basílio). Técnico: Alexandre Gallo

Com uma defesa primorosa de Domingos Moro, Petraglia está livre das acusações

O presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, não precisa mais se preocupar com o tapetão. Com a defesa do ex-vice-presidente do Coritiba, Domingos Moro, o dirigente do Rubro-Negro foi absolvido por unanimidade pelo STJD das acusações de ato hostil e ofensas a jogadores e comissão técnica do São Paulo. Assim, ele está livre e pode continuar representando o clube nas suas atribuições normais.

Caso fosse punido, Petraglia poderia pegar até 600 dias de suspensão das atividades do Furacão. No entanto, o tribunal considerou exageradas as queixas do clube paulista em relação ao homem forte do Atlético. Na partida contra o Tricolor, o dirigente chamou o zagueiro Alex (que deu uma entrada violenta no meia Fabrício) de ?bambi assassino?. Os paulistas chegaram a registrar o episódio em vídeo.

Mesmo assim, a defesa de Moro foi fundamental para a absolvição. O advogado da Federação Paranaense de Futebol sustentou que a atitude de Petraglia poderia ter sido tomada por qualquer um naquele momento que via um de seus jogadores chorando e desesperado pela contusão. No mesmo julgamento, o lateral-direito Jancarlos também foi absolvido pela expulsão na mesma partida.

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