Fernanda Freixosa/Divulgação
Aos 28 anos, Rodrigo vive o
melhor momento da carreira.

Nas mãos – e nos pés – de um jovem nascido em Toledo estão depositadas as esperanças do automobilismo paranaense na Copa Nextel Stock Car, a principal categoria do País. Rodrigo Sperafico é um dos quatro pilotos que larga hoje em Jacarepaguá com chances de conquistar o título. Ou melhor, um dos três que ainda têm possibilidade de tirar o bicampeonato de Cacá Bueno, o grande favorito (ver matéria).

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Rodrigo, de 28 anos (nasceu em 23 de julho de 1979), está há três na Stock. Ano passado, foi um dos melhores da competição na temporada que inaugurou a decisão via playoff. Agora, tornou-se um único paranaense – de um grupo de treze – a chegar entre os dez melhores da categoria. Estava em uma posição intermediária, e pintou como candidato ao título após a vitória em Tarumã, no Rio Grande do Sul, a sua segunda na temporada (a outra foi em Curitiba).

Em terceiro lugar na classificação da Stock Car, com 242 pontos, Rodrigo Sperafico está a cinco pontos do vice-líder Thiago Camilo e trinta do líder Cacá Bueno. Com a experiência de quem já passou pela Fórmula Ford Inglesa, pela Fórmula 3 Sul-Americana, Fórmula 3000 Italiana, Fórmula 3000 Internacional e disputou o campeonato da World Series, o piloto paranaense sabe que chegou a hora de lutar para valer pelo título. Nesta entrevista a O Estado, Rodrigo fala sobre a estratégia para as corridas finais, e admite a pressão para acabar com o jejum de títulos do Estado na categoria – o último veio com David Muffato, em 2003.

O Estado – Faltam duas corridas para o final da temporada. Este ano, muito se falou em administrar resultados, em garantir pontos. Agora, o papo é ganhar as corridas. Como se faz para mudar a estratégia de trabalho do piloto? É possível ter uma ?receita? para descobrir o momento certo de ser mais agressivo em um campeonato?

Rodrigo – Na verdade, a estratégia é sempre ir para cima e ganhar corrida. Quando percebo que não tenho carro para isso, tento administrar, mas nessa reta final teremos que ser mais agressivos do que o normal para disputar esse título.

O Estado – O Paraná é um celeiro de pilotos, e o Estado foi representado por treze apenas na Copa Nextel Stock Car. Como é virar o ?ponta-de-lança? desse time?

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Rodrigo – Isso mostra a dificuldade e a competitividade que está a Stock Car hoje, e fico muito contente sendo um dos paranaenses que está nessa disputa do título.

O Estado – Nesse mesmo caminho, há pressão para acabar com o jejum do Estado na Stock?

Rodrigo – Existe um pouco de pressão sim, afinal faz um tempo que um paranaense não se destaca na Stock.

O Estado – E a família? Está ansiosa com a possibilidade do título?

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Rodrigo – Com certeza a família, amigos e paranaenses. É bom contar com o apoio de todos.

O Estado – Hoje a Stock passou a ser uma categoria ?milionária?. Ano que vem, será mais. É possível pensar em uma carreira tendo a Stock como ponto alto?

Rodrigo – Com certeza, a Stock definitivamente se tornou uma categoria profissional. Estou gostando muito daqui e não penso em deixar por outra categoria no momento.

O Estado – Você ainda pensa em voltar ao exterior? A Nascar passa a ser uma possibilidade, por ser uma categoria semelhante à Stock?

Rodrigo – Tenho vontade de voltar a correr fora do Brasil sim, mas não hoje. Estou satisfeito aqui perto de todos.

O Estado – Nos seus planos, qual é o cenário perfeito para a corrida de hoje?

Rodrigo – Tentar a vitória sem pensar no resultado dos adversários e levar a disputa para São Paulo.

Sperafico em busca do primeiro pódio na Stock Car

Divulgação

Ricardo Sperafico.

Depois do quinto lugar conquistado na etapa anterior, o paranaense Ricardo Sperafico, da equipe WA Mattheis/Panasonic/307, diz que chegou a hora de arriscar mais e espera conquistar seu primeiro pódio na Stock Car hoje, quando disputará a 11.ª e penúltima etapa da temporada. A prova será realizada no Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com largada às 11h.

Segundo Ricardo Sperafico, chegou a hora de abandonar o conservadorismo e passar a arriscar um pouco mais. ?Já mostramos o nosso potencial, marcamos os pontos que a equipe precisava para estar entre as catorze que disputarão a Stock Car no próximo ano e o primeiro pódio será o coroamento para a seqüência de pontos resultados?, afirma Ricardo.

Ele também argumenta que o carro tem se comportado bem e espera que continue assim no Rio. ?Largando entre os dez, temos condições de fazer uma boa corrida?, acentua Ricardo, que está na 18.ª colocação na classificação do campeonato, com 36 pontos.