Um dia para a história do Furacão

8 de dezembro de 2008 entra para a história do Atlético por protagonizar a primeira eleição com bate-chapa nos 84 anos do clube. Entretanto, para isso acontecer houve muito bate-boca, troca de acusações e, é claro, disputa judicial entre os dois grupos postulantes.

Somente há uma semana do pleito e dois dias antes do término do prazo para a inscrição de candidatos, a oposição conseguiu se organizar para lançar seu grupo. O escolhido para concorrer à presidência do Conselho Deliberativo foi o ex-reitor da UFPR José Henrique de Faria e para o Conselho Administrativo o ex-presidente Nelson Fanaya, com a chapa “Atlético Mais Futebol”.

A situação que nunca enfrentara qualquer manifestação de contrariedade à sua administração desde que assumiu o poder no Rubro-Negro em 1995, se articulou e lançou os nomes de Gláucio Geara para o Deliberativo e Marcos Malucelli para o administrativo – na chapa “Coração Rubro-Negro”.

Isso porque Mário Celso Petraglia, o homem-forte do clube nos últimos 14 anos, já havia anunciado que não participaria diretamente do pleito, mas declarou apoio e integra a chapa situacionista.

Justiça

O esperado bate-chapa, no entanto, por pouco não aconteceu. A junta eleitoral do clube não aceitou o registro da chapa “Atlético Mais Futebol” por não estar em conformidade com o Estatuto Social, especificamente por não cumprir o item ‘e’ do artigo 62, o qual estipula que cada chapa deve ter no mínimo 10 integrantes com mais de 5 anos de associação ininterrupta.

A oposição esperneou contra a decisão e, em sua defesa, alegou que foi prejudicada pela atual administração que não repassou dados importantes para a formatação correta do grupo, como tempo de filiação de sócios e quem estava apto a votar.

Mas as justificativas não mudaram a opinião da junta eleitoral que manteve a chapa “Atlético Mais Futebol” impugnada. Com o registro cassado, os oposicionistas buscaram o direito de participar da eleição na Justiça.
Nesse intervalo de tempo, uma “guerra” se estabeleceu entre os dois grupos com a troca de acusações e rompimentos de laços de amizade.

No sábado à noite, a juíza Ana Lúcia Lourenço emitiu decisão favorável ao grupo oposicionista, o que determinou a realização do bate-chapa e impediu a aclamação da “Coração Rubro-Negro”.

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