A semana do clássico que vai decidir o campeonato paranaense começou de forma bastante diferente para Atlético e Coritiba. Enquanto os rubro-negros viveram uma segunda-feira agitada, com a demissão do técnico Casemiro Mior, ontem o dia foi de tranqüilidade e descanso do lado coxa-branca. Folga geral para todo o elenco e a comissão técnica.
Hoje os trabalhos recomeçam logo pela manhã no CT da Graciosa, com um treinamento regenerativo para todo o grupo. À tarde, os jogadores que não atuaram na partida do último domingo participam de um treino com bola.
Ao contrário do rival, que terá um jogo importante pela Copa Libertadores na quinta-feira, Antônio Lopes terá toda a semana para montar a equipe que irá buscar o tricampeonato estadual. O comandante alviverde contará com o grupo quase completo para montar a equipe para decisão. A única baixa é o atacante Luís Carlos, que sofreu uma lesão muscular na coxa direita.
Com a volta do lateral-esquerdo Rubens Júnior, Ricardinho deve deixar o time principal. Outro jogador que vinha sendo titular e volta de suspensão é o zagueiro Flávio. Porém ele disputa vaga com Márcio Egídio, que teve uma boa atuação no primeiro clássico e pode ter garantido um lugar na equipe. Reginaldo Vital também volta e deve ficar como opção no banco de reservas.
Porém, o clima de calmaria não deve se refletir nos trabalhos. Todos no grupo adotaram o discurso de que nada está ganho após a vitória do último domingo. "Ainda é cedo para falar em sermos campeões. Demos apenas o primeiro passo, mas em clássico um gol é uma diferença muito pequena. Eles vão partir para cima da gente na Arena. Vamos precisar nos superar ainda mais." Declarações como a de Rodrigo Batata mostram que a semana deve ser de treinos puxados no CT coxa-branca.
Antônio Lopes elogiou seus comandados e confirma que a vantagem conquistada não vai significar moleza. "Os rapazes estão de parabéns. Eu nem precisei falar nada e eles já adotaram o discurso de que nada está ganho. É essa que deve ser a postura do time nesta semana. Vamos trabalhar sério", afirmou o treinador.
Torcida coxa também teve problemas
Os episódios de violência relacionados ao clássico de domingo não ficaram restritos à torcida do Atlético. Integrantes da Império Alviverde também acusam a PM de tê-los agredido antes do início da partida.
Equipes da PM fizeram a escolta de um grupo de centenas de torcedores que se deslocaram da pé da sede da Império, no Couto Pereira, até o Pinheirão. O torcedor D.S.V, 22 anos, auxiliar de escritório, que preferiu não se identificar, afirma que alguns policiais começaram a bater com cassetetes em quem estava alcoolizado, exigindo que estes andassem mais depressa. "Tentei ver o nome de um destes PMs, que era oficial da Rotam (Ronda Tático-Móvel). Ele perguntou porque eu estava olhando e me acertou um golpe na boca do estômago", falou o torcedor, mostrando a marca na barriga.