Um clássico cheio de emoções no Pacaembu

São Paulo (AE) – Um técnico estréia, o outro corre sério risco de ser despedido. Corinthians e São Paulo se enfrentam hoje, às 16h, no Pacaembu, em situações iguais na tabela de classificação do brasileiro (cada um somou um ponto em duas partidas), mas com ambientes totalmente diferentes. O Corinthians está em crise, o que pode levar à demissão do argentino Daniel Passarella em caso de derrota. O São Paulo vive um momento de calmaria – apesar da irregularidade das últimas partidas e da insatisfação de parte da torcida pela não contratação de reforços – e de expectativa com a estréia de Paulo Autuori.

De volta ao Brasil após mais uma longa passagem pelo exterior (até duas semanas atrás comandava a seleção peruana), Autuori tem consciência da importância de um bom ?cartão de visitas?, uma vitória na estréia. ?Para mim, como profissional é excelente estrear numa partida desse nível. É o momento ideal para o grupo mostrar poder de reação.?

Para Passarella, que prefere não cogitar a hipótese de ter encerrado um trabalho que começou há cerca de dois meses. Ele entende que o clássico diante do São Paulo é a chance para que o Corinthians recupere a auto-estima. ?Tenho certeza que o time pode voltar a ser competitivo, como era há uma semana?, comentou o treinador, que pode promover o retorno do meia Roger.

Autuori aproveitou a semana para conhecer o time e não faz mistério sobre a escalação. ?Comigo não tem isso.? Sem poder contar com Lugano, suspenso por três partidas, escalou Alex. Mantém os três zagueiros (os outros são Fabão e Edcarlos), apesar de preferir jogar com dois. ?Não é hora para grandes mudanças.?

O treinador admite que vai sentir um ?friozinho na barriga? no início do clássico. ?O dia em que eu parar de sentir isso, será hora de sair. É sinal de acomodação ou de arrogância.? Mas pressão não o intimida. ?Com sinceridade, acho que pressão no futebol já se tornou algo vulgar. Ela é real e quem está no futebol tem de saber conviver com isso?.

Passarella tenta, justamente, conviver com essa pressão. Mas sua situação e tão delicada, que nem se quisesse, teria apoio por parte dos jogadores. ?Não é nossa função pedir à diretoria que o mantenha. Não temos peso para isso?, reconheceu Carlos Alberto.

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