Vinícius Coelho, jornalista que por muitos anos foi colunista da Tribuna do Paraná, é um dos vários apaixonados pelo Coritiba. Não somente pelo fato de ter narrado a vitória do Coxa na final do Brasileiro de 85, mas por ter conhecido, nas décadas de 1940 e 1950, a equipe de ouro composta por Fedato e companhia. Em sua opinião, eram três os jogadores mais brilhantes na história alviverde. “Não quero ser injusto com ninguém, mas na minha época Fedatto, Miltinho e Almir Manzochi eram os maiores”, relembra.

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Enquanto Vinícius se deslumbra com essas grandes estrelas, Edu Brasil, setorista do Coritiba na Rádio Banda B, é categórico em sua afirmação. “Acho que foi o Zé Roberto”.

Os dois jornalistas esportivos fazem parte da história do Coritiba – Vinícius Coelho por muitos anos narrou várias partidas do Coxa e Edu Brasil cobre o Cori há 24 anos.

Edu conta um fato que ocorreu em Fortaleza num jogo entre Coritiba e Ceará. A partida do Coxa terminou antes do jogo entre Mogi Mirim e Remo, cujo resultado o Coritiba dependia. “Ao término da partida, todos os jogadores e a comissão ficaram a minha volta para ouvir, no meu rádio, o final do jogo. Todos estavam na expectativa de um resultado positivo para o Coritiba”. E não deu outra, o resultado final foi o melhor para a equipe alviverde”, revelou o cronista.

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Na sua trajetória como jornalista esportivo, Vinícius relembra o jogo mais emocionante e o mais difícil disputado pelo Coritiba. “Um dos jogos mais difíceis foi entre Coritiba e Feyenoord (equipe holandesa) na excursão de 69. O jogo terminou em 1×1. A disputa mais emocionante foi contra a Hungria, que eliminou o Brasil na Copa do Mundo de 66, mas no ano seguinte perdeu para o Coxa por 1 a 0”.

Com muitas histórias para contar, tanto de glórias quanto de ruínas, ambos indicam o ponto crucial que fez o Coritiba não desenvolver uma boa campanha no início do Campeonato Brasileiro. “O trabalho começou errado. Demoraram muito para trocar a antiga comissão e pôr esse novo técnico”, analisa Edu Brasil. Na mesma linha de pensamento, Vinícius Coelho vai mais além. “Começou pelas brigas no clube. Se não houvesse problemas com a presidência, o Coritiba poderia ter conquistado algum título este ano. Mas agora o clube faz uma boa campanha com a nova comissão técnica. Com algumas vitórias, o Coritiba poderá estar em uma situação mais confortável”, conclui.

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O torcedor em sintonia com o clube

Criada em maio de 2007, a Rádio Coxa é a primeira web rádio de um clube de futebol no Brasil. A equipe formada por Luiz Cláudio Néboli, que idealizou o projeto, Denílson Lima e Abdo Acli Júnior, o Abdinho, está presente em todos os jogos e eventos do Verdão.

Na primeira transmissão, havia apenas 35 ouvintes conectados, fato que surpreendeu a equipe, pois não houve qualquer divulgação do site. “Atualmente, são 3.600 acessos por jogo”, afirmou Abdinho. O grande número de acessos e a notoriedade da Rádio Coxa fizeram com que, a partir da administração de Jair Cirino, a rádio se tornasse um produto oficial do clube.

Para o próximo ano, a Rádio Coxa planeja uma programação diária e ininterrupta com músicas e podcasts de gols e melhores momentos das partidas. Além disso, os torcedores alviverdes poderão acessar a rádio através do portal oficial do Coritiba.

Entre os jogos que mais reuniram coxas-brancas na rádio virtual, estão os atletibas e paratibas. Para Abdinho, o momento de maior emoção foi quando o Coritiba disputou a partida que o levaria outra vez à elite do futebol paranaense. “Na final da Série B, quando o Coxa marcou o gol, não conseguimos continuar a transmissão, a equipe estava chorando de emoção”, relembra.

A Rádio Coxa estará presente em todos os eventos de comemoração do centenário, como uma forma de presentear os torcedores que moram em outros países. “É um orgulho ser coxa-branca e participar dos 100 anos”, confessa Abdo Acli Júnior.

Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.