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Não é um Atletiba qualquer. O encontro dos dois maiores rivais do futebol paranaense acontece hoje, às 16h, no Estádio Joaquim Américo, com características especiais.
Ao contrário dos últimos tempos, pouco houve de provocações, autopromoções e aditivos que sempre são normais. E os dois times lutam pela vitória, que é importante nem tanto pela rivalidade, mas sim pela necessidade que têm dos três pontos tem para continuar pensando em classificação.
Neste ponto, é o Atletiba mais importante do Coritiba desde a final do campeonato paranaense em 2000. Vindo de cinco partidas sem vitória (entre elas, quatro derrotas), o Cori precisa da vitória para conseguir recolocar-se entre os oito melhores da competição. A rodada do meio de semana foi altamente favorável à equipe, que pode terminar a rodada na sétima posição. “Nosso objetivo máximo é buscar os três pontos”, avisa o técnico Paulo Bonamigo.
Do outro lado, uma equipe que parecia em frangalhos, mas que ganhou corpo durante a semana. O Atlético está sem vencer há seis rodadas, e está tanto na briga para classificar-se quando para não ser rebaixado – nesse aspecto, a rodada do meio de semana foi trágica para o rubro-negro. Percebendo a crise, o presidente Mário Celso Petraglia pagou salários, acompanhou o dia-a-dia e prometeu vitória para a torcida, que andava desconfiada.
Essa foi uma das duas únicas atitudes que tentaram agitar uma semana de Atletiba peculiar. Sem nenhuma coordenação, jogadores de Coritiba e Atlético agiram de uma forma semelhante, preferindo pregar a tranqüilidade e evitar rusgas antecipadas. “São dois times que vão se preocupar em jogar futebol”, diz o meio-campista coxa Lúcio Flávio. “As duas equipes têm atletas experientes e que vão saber comandar seus times”, completa o volante rubro-negro Cocito.
Assim, a primeira provocação de Mário Celso Petraglia ficou no vazio – o dirigente alviverde Domingos Moro, quando perguntado, disse que o Atlético era o favorito. A segunda, insinuada pelo diretor atleticano Alberto Maculan, de que os coxas iriam xingar os atleticanos durante o jogo, foi rapidamente refutada pelo lado verde e branco. “Meus jogadores não se preocupam com isso, porque não nos preocupamos somente com o clássico. Quarta-feira nós enfrentamos o Cruzeiro, e quero ter todos em campo”, afirma Bonamigo.
A atitude conciliatória dos jogadores e dos técnicos da dupla Atletiba pode ser decisiva para uma partida mais calma que o normal. Mas todos sabem que, quando Francisco Carlos Vieira apitar, tudo vai ser diferente. A partir daí, as emoções vão estar à flor da pele, as torcidas vão fazer parte do jogo, a cidade vai parar, mesmo na véspera da eleição. Podemos eleger presidente e governador amanhã, mas o que importa hoje é o Atletiba.