O Comitê de Apelação da Uefa anunciou nesta sexta-feira que ratificou de forma parcial a decisão inicial tomada pela entidade contra o Real Madrid e o seu técnico, José Mourinho, que foi suspenso por cinco jogos após fazer duras críticas à arbitragem do duelo entre o seu time e o Barcelona, pela semifinal da última Liga dos Campeões. Horas depois de o treinador prestar depoimento na sede da entidade, em Nyon, na Suíça, o organismo acabou reduzindo em apenas uma partida a pena.
Na realidade, a suspensão de cinco jogos foi mantida pela Uefa, mas, destes cinco embates, agora os dois últimos deles só precisarão ser cumpridos se o treinador voltar a cometer um ato de indisciplina semelhante dentro de um período de três anos. Até o julgamento desta sexta do recurso apresentado pelo Real, Mourinho só poderia fazer uso deste benefício legal no quinto e derradeiro confronto de sua pena.
Com a nova decisão da Uefa, o comandante só ficará fora das duas primeiras partidas do Real na próxima Liga dos Campeões, pois ele já cumpriu uma no duelo de volta contra o Barcelona, fora de casa, pela semifinal da edição passada do torneio continental. Caso a pena anterior fosse mantida, o português não poderia dirigir o time madrilenho nos três primeiros jogos da competição europeia.
Quando puniu Mourinho pela primeira vez, a Uefa alegou que o treinador fez declarações inapropriadas após o jogo disputado em Madri, no dia 27 de abril, onde o Barcelona venceu por 2 a 0 e abriu vantagem na semifinal. Na ocasião, o comandante foi expulso de campo por causa do seu comportamento e insinuou um esquema de favorecimento ao Barcelona na entrevista coletiva que concedeu após o duelo.
A Uefa, porém, não aceitou alterar a punição que obriga Mourinho a pagar 50 mil euros de multa pelas suas atitudes naquele jogo. A entidade também informou que rechaçou o recurso apresentado pelo Real contra a multa de 20 mil euros imposta ao clube por conduta inapropriada de seus torcedores durante o mesmo confronto, que terminou em 2 a 0 para a equipe de Messi, autor dos dois gols daquela partida.
A entidade que controla o futebol europeu ainda enfatizou que o Real e José Mourinho poderão interpor um recurso de apelação junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS) se não tiverem ficado satisfeitos com o veredicto e queiram um novo julgamento do caso.