O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, pediu nesta quarta-feira para que as lideranças políticas da Europa ajudem a tornar o futebol um negócio mais justo. Em um discurso aos líderes das 55 federações de futebol da Europa, o dirigente citou a chanceler alemã Angela Merkel entre os políticos que criticaram as finanças envolvidas no esporte após um recorde de gastos de clubes na última janela de transferências.

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“Para todos os políticos europeus, deixe-me dizer que não posso concordar mais. Mas eu não posso dizer que vocês fizeram muito parra nos ajudar a deixar as coisas certas”, disse o presidente da Uefa. “Somos criativos imaginativos e comprometidos, e estamos apenas esperando a luz verde daqueles que condenam publicamente a situação atual, mas ainda não permitiram uma correção”, acrescentou Ceferin.

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A Uefa estabeleceu um “equilíbrio competitivo” entre as equipes em suas competições como prioridade. A Liga dos Campeões é vista como um torneio dominado pelas cinco ligas nacionais mais ricas do continente, com mais vagas e premiações para os clubes delas.

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Ainda assim, as leis trabalhistas e empresariais aplicadas pela União Europeia impedem a adoção de um “arsenal completo de medidas concretas” que Ceferin aponta como necessárias para estabelecer o equilíbrio no futebol.

Elas incluiriam limites de salários, implementação de impostos de luxo, limites aos elencos, reforma nas transferências, uma câmara de compensação para controlar o fluxo de dinheiro, limitação dos pagamentos aos agentes de jogadores, imposto de solidariedade sobre transferências para financiar o futebol feminino, limitação do empréstimos de jogadores e impedimento de propriedade de mais de um clube. “Estou confiante de que as coisas em breve mudarão para melhor”, disse Ceferin, esperando que os legisladores em Bruxelas sejam mais flexíveis

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também disse aos líderes do futebol europeu que devem ocorrer mudanças. “É responsabilidade de todos nós avaliar o sistema de transferência para o futuro”, disse Infantino, que foi secretário-geral da Uefa.