Pouco depois de Michel Platini se manifestar para comentar a suspensão de 90 dias que levou do Comitê de Ética da Fifa, dizendo que fará tudo para provar sua suposta inocência contra acusações de corrupção que pesam contra ele, a Uefa, presidida pelo francês, soltou um segundo comunicado nesta quinta-feira para informar que o dirigente não exercerá a sua função no período de cumprimento da pena aplicada pela entidade máxima do futebol mundial.

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“Michel Platini está suspenso e, por isso, não exercerá suas funções oficiais pelo tempo proposto. Ele não já não esteve presente em uma reunião da Uefa e também cancelou uma série de viagens que faria”, informou o comunicado, que depois enfatizou que a entidade europeia está “plenamente consciente das suas responsabilidades nos termos pertinentes dos estatutos”.

Platini é investigado por ter recebido 2 milhões de francos suíços da Fifa em 2011. Ele foi interrogado pela Justiça da Suíça e se defendeu afirmando que o valor lhe foi pago por serviços prestados à entidade. Mas ele defende a sua inocência e garante que não existem provas que incriminem o presidente da Uefa.

Após o anúncio da suspensão, a Uefa informou que o seu Comitê Executivo “não viu necessidade, neste fase, de invocar o artigo 29(5) dos Estatutos da Uefa, nos termos dos quais o vice-presidente da Uefa com maior estatuto pode assumir os poderes e deveres do presidente na sua ausência”.

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A entidade ainda informou que convocou uma reunião de emergência para o próximo dia 15, quando membros das 54 federações filiadas à entidade também irão se reunir na sede do organismo que controla o futebol europeu, em Nyon, na Suíça.

Para justificar a decisão de não substituir Platini, a entidade explicou que o seu Comitê Executivo “está ciente de que o presidente da Uefa tomará imediatamente as medidas necessárias para recorrer da decisão do Comitê de Ética da FIFA de forma a limpar seu nome”.

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“Além disso, o Comitê Executivo da Uefa afirmou que é fundamental que seja tomada rapidamente uma decisão final relativa a esta questão pelos órgãos competentes, no interesse da justiça e do futebol. Finalmente, o Comitê Executivo da Uefa manifestou plena confiança no presidente da Uefa, Michel Platini, e o apoia totalmente”, finaliza o comunicado.