Nem na Quarta-feira de Cinzas o Paraná conseguiu desencantar e com isso permanece fora da zona de classificação. O empate de ontem contra o Operário, por 1 a 1, na Vila Capanema, foi uma legítima assombração e o clube permanece em crise em plena semana de Paratiba.

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Duas penalidades poderiam definir o placar. Primeiro pelo alvinegro dos campos gerais, aos 28. Quando Clênio sofreu pênalti de Chicão, ele mesmo contrariou as pretensões do treinador Norberto Lemos e foi pra cobrança.

Mas Juninho esteve atento e defendeu o chute rasteiro e fraco. Depois foi a vez de Danilo se consagrar, aos 31. Quando Toscano foi derrubado por Leonardo dentro da área, ele mesmo cobrou forte e o goleiro defendeu com os pés.

Com a bola rolando, o Paraná partiu pra cima. O problema é que enquanto zagueiros e volantes justificaram toda confiança da torcida, atacantes e meias ofensivos repetiram o que vinham apresentando nas últimas partidas: falta de criatividade.

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Com a bola nos pés na linha de frente, enquanto a equipe princesina apenas aguardava contra-ataques, demorou para o time da Vila Capanema se acertar em campo. Quando a equipe atacava, ninguém abria para tocar ou tabelar.

As chances de gol se limitaram a jogadas de bola parada. No entanto, como toda regra tem sua exceção, o Paraná chegou com perigo nas duas únicas vezes que Marcelo Toscano e Márcio Diogo se entenderam.

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Na primeira a zaga afastou o arremate do camisa 9 tricolor, mas na segunda o rebote de Toscano sobrou nos pés de Pará, que aos 39 guardou a bola no fundo das redes e abriu o marcador na Vila Capanema pela equipe paranista.

Segundo tempo

Depois de levar uma bronca do treinador Norberto Lemos, o Operário voltou mais esperto. Dominou o início de segundo tempo e assombrou o Tricolor com seus ataques.

Na primeira das oportunidades, um bate-rebate dentro da área e a bola sobrou para Clênio se redimir junto aos torcedores do Operário, empatando o placar do Estádio Durival Britto e Silva.

Em busca da vitória, o treinador Marcelo Oliveira tentou colocar o Paraná pra cima. Entrou Wellington Silva no ataque e, como não deu certo, o comandante tentou arrumar a situação tirando Márcio Diogo e colocando o lateral Jefferson. Com isso, Pará saiu da ala esquerda e foi deslocado ao meio-campo.

Porém, não deu certo. O Tricolor permaneceu sem se encontrar dentro de campo e se não fosse o goleiro Juninho a situação poderia ser pior. O Paraná saiu vaiado de campo e a torcida pediu a cabeça do treinador Marcelo Oliveira.